28 de junho | 2016

Gaeco prende filho de chefão do tráfico em Severínia

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Com apoio do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) de São José do Rio Preto, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, prendeu, no início da manhã de terça-feira, dia 28, André Luís Pugim da Silva, de 25 anos de idade, morador da Rua João Russo, número 81, no Jardim Primavera, em Severínia. Ele é filho de Luís Carlos Antunes Silva, vulgo Monobloco, que é apontado como um dos cabeças da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), na região de São José do Rio Preto, que está cumprindo pena na Penitenciária de Riolândia, por envolvimento no comércio de entorpecentes.

Para surpreender André, os policiais chegaram bem cedo até a casa dele. Também recai suspeita sobre a mãe dele, que foi chamada a prestar depoimento no Ministério Público em Rio Preto.

Da casa de André os policiais levaram veículo Mitsubishi ASX e uma perua Corolla. Com o suspeito, a polícia encontrou porções de maconha e comprimidos de ecstasy, além de quase R$ 5 mil e dois carros também foram apreendidos.

Há um ano e meio o Gaeco investiga a quadrilha, que segundo os promotores movimenta cerca de uma tonelada de drogas por mês nas regiões de São José do Rio Preto (SP) e Ribeirão Preto (SP).

O jovem teve a prisão decretada por 30 dias pela Justiça e está na cadeia de Severínia. A polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão na cela do pai, na cadeia de Riolândia, mas não informou se algo foi encontrado no local.

Além disso, consta que a esposa de Monobloco, Selma Elisa Pugin, também estaria com uma Cautelar Alternativa, ou seja, ele terá que depor na sede do BAEP em Rio Preto e ficará sob as ordens da polícia.

Na investigação realizada pelo Gaeco de Rio Preto, a suspeita é que mesmo atrás das grades, Monobloco conseguia passar ordens para os familiares comandarem o tráfico de drogas.

Segundo a investigação, mesmo atrás das grades, Monobloco conseguia administrar a distribuição de cerca de uma tonelada de drogas por mês no eixo Rio Preto-Ribeirão Preto, também através de uma rota interestadual que abrangia o estado de Mato Grosso do Sul.

Segundo as informações divulgadas, até por volta das 13 horas de terça-feira, na região, a operação conseguiu prender três pessoas e apreender uma tonelada de maconha, 10 veículos e R$ 33 mil em dinheiro.

Na operação estão sendo cumpridos 68 mandados de busca e apreensão, 42 mandados de prisão temporária e 8 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça.

Além de Rio Preto, as ordens judiciais estão sendo cumpridas nas cidades de Campinas, Indaiatuba, Mogi Mirim, Rio Claro, Aguaí, Monte Mor, Hortolândia, Sumaré, Santa Bárbara D´Oeste, Piracicaba, Praia Grande, Cubatão, Itanhaém, Ribeirão Preto, Bauru, Severínia, Riolândia, Ituverava e Sertãozinho.

As operações para cumprimento das ordens judiciais expedidas estão sendo executadas pela Polícia Militar e pelos Promotores de Justiça do Gaeco de maneira coordenada em todo o Estado de São Paulo objetivando, além dos resultados práticos relacionados a cada uma das investigações, uma maior desarticulação na estrutura da organização criminosa.

Participam das operações coordenadas 20 Promotores de Justiça do Gaeco e quase 1.000 policiais militares de diversas regiões do Estado de São Paulo, da ROTA (Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar), COE (Comando de Operações Especiais) e Corregedoria da Polícia Militar.

As operações são resultado de investigações autônomas realizadas nos últimos meses pelos Núcleos do Gaeco de Campinas, Piracicaba, Santos e  Rio Preto, cada uma delas versando sobre a atuação de células regionais do PCC que operavam, dentre outros crimes, o tráfico de drogas em larga escala.

Através dos respectivos procedimentos investigatórios criminais, os Promotores de Justiça do Gaeco conseguiram reunir elementos sobre a estrutura e a sistemática de funcionamento de cada uma das células investigadas.

REGIÕES

No curso da investigação realizada pelo Núcleo Campinas, dentre dezenas de membros do PCC investigados, foram identificados dois integrantes da organização criminosa que são responsáveis pelo gerenciamento de parte das questões financeiras do grupo no interior do estado de São Paulo e pela sintonia dos gravatas. Além disso, foi identificada uma rota interestadual que era utilizada para distribuição de drogas na região de Campinas a partir de Indaiatuba.

O trabalho investigativo realizado pelo Núcleo Piracicaba permitiu a coleta de dados sobre uma célula do PCC que atuava na região, incluindo a identificação de dois integrantes da organização responsáveis pelo gerenciamento dos negócios do grupo em toda região abrangida pelo código DDD 19. Também foi possível a identificação de outra importante rota para distribuição de drogas no interior paulista.

Os Promotores de Justiça do Gaeco Santos conseguiram identificar grandes focos de atividade do PCC em Cubatão, Praia Grande e Itanhaém, que contariam com a possível participação de policiais.

A partir das informações produzidas pelos diferentes Núcleos do Gaeco em cada uma das investigações, com o apoio da Inteligência da Polícia Militar e suporte operacional da Polícia Militar, da Polícia Militar Rodoviária e do Departamento de Operações de Fronteira, foram realizadas ações que resultaram na apreensão de mais de 2 toneladas de substâncias entorpecentes.

Ao final de cada trabalho investigativo, os Promotores de Justiça do Gaeco endereçaram aos Juízos competentes requerimentos de prisões temporárias e preventivas e de busca e apreensão.

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