A cantora soprano brasiliense, radicada há seis anos na Alemanha, Juliana Ferreira Braga de Aquino, de 29 anos de idade, filha do olimpiense, José Benedito de Aquino, Zé Capeta, que tem aproximadamente 60 anos de idade, estava no vôo AF 447, da Air France, que desapareceu na madrugada de segunda-feira, dia 1.º, quando cruzava o oceano Atlântico. A informação foi confirmada pelo próprio pai, segundo relata a Agência Estado.

Ela passou 20 dias de suas férias junto com a família, na cidade de Brasília, Distrito Federal, de onde saiu no domingo, dia 31, com destino ao Rio de Janeiro. Lá Juliana passou a tarde à espera do avião com destino à cidade de Paris, de onde seguiria para a Alemanha.

A família da cantora e dançarina passou parte da manhã da segunda-feira, no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek tentando conseguir mais informações. "Enquanto não tiver nada confirmado, eu tenho esperança", repetia ele, na manhã de ontem, à procura de informações no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.

Acomodada no Airbus A330-200, por volta de 19h10, como fazia habitualmente quando viajava Juliana de Aquino ligou para o pai, Benedito de Aquino, dizendo que estava tudo bem e que voltaria a entrar em contato quando desembarcasse na capital francesa. De lá, seguiria para Stuttgart, na Alemanha, onde se apresentaria no espetáculo Wicked.

Juliana de Aquino não era muito conhecida profissionalmente no Brasil. Desde 2003, por tanto há aproximadamente seis anos, morava em Stuttgart, Alemanha, onde trabalhava em musicais. Segundo seu pai ela estrearia em um novo espetáculo neste mês de junho.

Os pais de Juliana de Aquino souberam da notícia do desaparecimento do avião pela televisão. Apesar da falta de notícias, eles se dizem esperançosos de que a filha será encontrada com vida.

De acordo com o pai, Juliana estava animada. Com o fim das férias, ela se preparava para iniciar, em junho, um novo espetáculo musical na Alemanha. Solteira, vegetariana, Juliana revelava em sua página do Orkut hábitos simples de uma mulher de sua geração: assistia a seriados como Friends e ER, gostava de filmes como Ghost e integrava comunidades como Pequeno Príncipe, Brasília, Marisa Monte e Estouradores de Plástico Bolha.

De acordo com o site pessoal de Juliana de Aquino, ela, atualmente, estava participando do musical Wicked, em Stuttgart na Alemanha.

A informação de que Juliana tinha ligações com famílias da cidade de Olímpia, surgiu inicialmente quando uma pessoa, que pediu para não ser identificada, telefonou para o radialista Valter Carucce, da Difusora AM.

Mais tarde, um bancário aposentado, que também pediu para preservar seu nome, foi até à emissora e confirmou a informação, dizendo, inclusive, ter conhecido-a pessoalmente e recebido um disco gravado por Juliana, numa ocasião em que encontrou com ela no interior de uma agência bancária da cidade de Olímpia, há cerca de dois anos.

Família
Porém, a informação foi confirmada também, pelo advogado Luiz Carlos Roberto, primo de Juliana de Aquino. De acordo com ele, o pai, José Benedito de Aquino, Zé Capeta, que tem aproximadamente 60 anos de idade, que é filho de Avelino de Aquino, funcionário aposentado da estrada de ferro, que tocava cavaquinho no grupo de seresta “Os Reumáticos”.

Benedito de Aquino, segundo o advogado, deixou a cidade há aproximadamente 30 anos e, atualmente reside em Brasília, Distrito Federal, onde é gerente de uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF).

Na segunda-feira, dia 1.º, logo depois de receber a notícia do desaparecimento do avião no qual Juliana havia embarcado, através do noticiário da televisão, foi ao aeroporto de Brasília. Pela manhã, ele dizia ter esperanças de que o avião seria reencontrado.

No final da tarde, acompanhado da mulher e dois filhos, ele embarcou para o Rio, onde se hospedou em um hotel reservado pela companhia aérea, onde teria acesso mais rápido a informações.

Antes de embarcar para o Rio de Janeiro, porém, seu ânimo já não era mais o mesmo. "Não tenho mais notícia nenhuma. A expectativa é que, no Rio, o acesso a informação seja facilitado", contava.

Passageiros
A Air France confirmou que a aeronave tem 216 passageiros – 126 homens, 82 mulheres, sete crianças e um bebê – e 12 tripulantes a bordo. A lista oficial com os nomes deveria ser divulgada somente após contato com as famílias de todas as pessoas que estão a bordo. A maioria dos passageiros, 80, é brasileira.

Ainda não se sabe o que causou o acidente. Mas, segundo as primeiras informações, o Airbus A330 teria entrado na zona de tempestade às 2h00 GMT (23h00 de Brasília, domingo) e teria enviado uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília), informou a Air France.

O avião que decolou do Rio de Janeiro às 19h00 de domingo, deveria pousar às 11h10 de Paris (6h10 de Brasília) no aeroporto Charles de Gaulle. Uma fonte deste aeroporto declarou que não existe mais esperança para a aeronave.

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