A empresa Ferrasa Engenharia confirmou na manhã desta sexta-feira, dia 25, a construção de um parque aquático que seria idêntico ao Clube Dr. Antônio Augusto Reis Neves, o Parque Aquático Ther­mas dos Laranjais, inclusive dotado com os mesmos equipamentos. “Exatamente igual”, enfa­tiza o engenheiro Newton Carlos Calvo Ferrato, um dos sócios da empreendedora.

Trata-se de um investimento de aproximadamente R$ 130 milhões, numa área de 140 mil me­tros quadrados, localizada também na zona norte de Olím­pia. De acordo com Fer­ra­to, o pro­jeto prevê a construção do Hot Beat Resort Olímpia e Hot Beat Parque Aquático.

Os dois empreendimento serão anexos na área que faz divisa com a indústria Italcabos, inclusive englobando o terreno da antiga Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) e outra remanescente da Ceagesp, adquirida pela Prefeitura recentemente e depois negociada com a Ferrasa.

A documentação e alvará de construção foram entregues na manhã de ontem aos engenheiros Newton Ferrato e Flávio Sant´a­nna no gabinete do prefeito Eugênio José Zuliani.

Segundo a explicação de New­ton Ferrato, o projeto todo, que vem sendo trabalhado há três anos, deve ficar pronto e funcionado no prazo de 36 meses. A previsão é que o empreendimento todo gere 800 empregos diretos, além dos indiretos que ele diz ainda não ter como estimar.

PARQUE AQUÁTICO

Da área de 140 mil metros quadrados, 100 mil estão destinados à construção do parque aquático que não será comercializado em quotas societárias. “Vamos construí-los primeiro com recursos próprios e de parceiros que aderiram a uma S/A (sociedade anônima) de capital fechado, que nós abrimos para operacionalizar esses dois empreendimentos”, informou.

Nada será comercializado antecipadamente, mas apenas quando houver uma previsão para funcionamento do empreendimento. “Quando estiver com data próxima da inauguração, o que deve ocorrer entre dois anos e meio a três anos, vamos comercializar os passaportes”, avisa.

“O diferencial é que não é um clube de sócios. É um parque aquático que você vai ter direito a usar, mas com os mesmos custos de quem está acostumado com o outro empreendimento que existe em Olímpia”, reforça.

Esses passaportes, segundo Fer­rato, é que darão direito a a­ces­so ao parque aquático. Eles terão validade previamente determinada de três, cinco e 10 a­nos. “Ou seja, é um parque a­quá­tico de propriedade de uma empresa privada que vem somar aos outros empreendimentos turísticos que já existem em O­límpia”.

Toda a estrutura para abastecimento de piscinas já está providenciada. “Além de nós já possuirmos um poço de água termal do Aquífero Guarani dentro da área onde vai ser construído o Hot Be­at Resort, nós já estamos com todas as licenças e autorizações para construirmos outro poço dentro do parque aquático”, contou. Entretanto, não quantificou quantas piscinas terá o parque.

De acordo com ele, a política co­mercial desse parque aquático será focada principalmente aos moradores de Olímpia, mas alerta que não será um clube de associados na modalidade do Thermas dos Laranjais.

Outro detalhe explicado por Ferrato é que o foco comercial será nos turistas que estiverem hospedados nos estabelecimentos hoteleiros da cidade, seja em hotéis ou pousadas. “A gente fará parcerias com os proprietários de hotéis e pousadas de tal maneira que o turista adquirindo o passaporte dentro do próprio hotel em que estiver vai pagar um preço bem mais em conta”, anunciou.

Também haverá garantido trans­porte gratuito entre a ho­te­laria e o parque aquático. “O parque aquático disponibi­lizará gratuitamente o transporte para que a pessoa deixe seu carro ou se vier de ônibus, no local onde estiver hospedada até o parque aquático e o retorno da mesma maneira”, reforçou.

RESORT
O resort será construído numa área de 20 mil metros quadrados e funcionará como se fosse um condomínio. Terá 484 apartamentos que serão comercializados individualmente. “É um hotel na modalidade condomínio com os investidores imobiliários pulverizados. É a maneira que o mercado encontrou de autofinanciar a construção de hotéis e resorts no Brasil”, explica.

“A pessoa proprietária de uma unidade recebe a escritura individualizada e adere ao pull de locações, ou seja, ao negócio gestor do hotel, e terá uma renda muito acima à que tem dado os mercados financeiros e imobiliários em geral”, prevê.

Ainda de acordo com Newton Ferrato, outra parte da área, 20 mil metros quadrados, está reservada para a construção de um futuro empreendimento, também um projeto da Ferrasa, para funcionamento de um centro de convenções.

Turismo já é responsável pela
maior fatia do PIB de Olímpia
A movimentação gerada em torno do segmento turístico é responsável pela maior fatia do Produto Interno Bruto (PIB), de O­lím­pia. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 2010, por exemplo, o valor apurado no setor representou aproximadamente 50% do total agregado.

No caso de 2010 o valor total é de R$ 548 milhões aproximadamente, mas nele estão R$ 106 milhões que foram agregados a partir da Prefeitura Municipal.

Ao fazer o desconto chega-se a­o total de R$ 441 milhões que representa cerca de 50% do total de 881 milhões apurados no ano.

E essa participação do turismo para a formação do PIB local vem sendo destacada a partir de 1999. De lá para cá os números demonstram que a prestação de serviços a partir do Parque Aquático Ther­mas dos Laranjais, principalmente, é o que tem gerado grande parte da receita para o município.

Em 2010, por exemplo, en­quan­to o turismo agregou R$ 442 milhões, a agropecuária agregou apenas R$ 77 milhões. O setor já teve seu pico em 2006 com o valor de R$ 147 milhões. Enquanto isso, o segmento industrial, que chegou a casa de três dígitos em 2004, R$ 127 milhões, participou com R$ 255 milhões.

Por outro lado, em relação à renda per capta também de 2010, com o valor de R$ 20.­609,21 o município de Olímpia aparece na oitava colocação, prin­cipalmente em relação aos principais municípios da região de Ribeirão Preto.

Olímpia perde para Sertãozinho (43.297,09), Bebedouro (31.376,­65), Ribeirão Preto (28.100,52), Colina (23.888,41), São José do Rio Preto (21.991,26), Arara­qua­ra (23.471,65), e Jaboticabal (23­­.354,05).

Ainda em relação à renda per capta, o município a­parece superando apenas Monte Azul Paulista (20.123,52), Colômbia (19.876,­41), Barretos (17.­772,­53), Guara­ci (14.354,30) e Jaborandi (13.438­,62).

O QUE É O PIB

O PIB é um dos principais indicadores da economia e representa a soma das riquezas geradas pelo município. Seus números têm impacto direto na população, pois são indicadores determinantes da qualidade de vida.

Ele mede a diferença entre o custo de se produzir e o que se obtém como fruto dessa produção, o chamado valor agregado. O indicador é composto por itens como consumo das famílias e despesas do governo, informações sobre as exportações e importações, além dos investimentos.