21 de julho | 2008

Família não sabia de dinheiro e casamento do enxertador

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A quantia de R$ 132 mil que seria utilizada na compra de uma propriedade rural em Olímpia e nem o casamento marcado para o próximo dia 26 deste mês, não era do conhecimento da família do enxertador de laranjeiras Amauri Freitas Bitencourt, de 31 anos, morador em Severínia, encontrado morto, com um disparo de arma de fogo no peito.

O corpo do enxertador foi encontrado por populares, em estado de decomposição, no início da tarde do último sábado, por volta das 13h30, em um matagal no sítio Boa Esperança, às margens da rodovia Armando de Salles de Oliveira, próximo a vila Capim, de Severínia. Ele estava desaparecido desde a última terça-feira (dia 8).

Este homicídio está sendo investigado pelos investigadores da delegacia de polícia de Severínia, que está contando com o apoio da DIG-Delegacia de Investigações Gerais de Barretos. Até o final da tarde de ontem a polícia ainda não havia descoberto o autor ou autores do crime. Três linhas de investigações estavam sendo seguidas: eventuais desavenças na negociação para compra de uma propriedade rural em Olímpia, crime passional ou roubo.

COMPRA DA PROPRIEDADE

No início das investigações a polícia de Severinia foi informada que Amauri Bitencourt estava comprando um sítio de dois alqueires de um comerciante de Olímpia, no valor de R$ 132 mil. O compromisso de compra foi registrado em cartório, em Olímpia, no dia 2 de julho. A negociação estava sendo intermediada por dois corretores, sendo um de Monte Azul (Zé Roberto, de apelido Bidú) e outro de Olímpia de prenome Flávio.

O Desaparecimento do enxertador de laranjas aconteceu no dia 8, data que ele havia marcado para efetuar o pagamento da propriedade e ainda queria registrar a escritura. Segundo a polícia, ele marcou com as partes envolvidas (proprietário do sítio e corretores) por volta das 12 horas, em frente ao cartório de registro de imóveis de Olímpia. No entanto, ele não apareceu.

Com isso, ainda na terça-feira, a noiva de Amauri (o imóvel seria registrado também no nome dela) foi procurá-lo em sua casa em Severínia, onde ele também não foi encontrado. O corpo de Amauri somente foi encontrado no sábado, com um tiro no peito. Segundo o médico legista ele já havia morrido a cerca de três dias.

PAI NÃO SABIA DO DINHEIRO E CASAMENTO

Segundo Gustavo Bitencourt, pai do enxertador de laranjeiras, a sua família (composta da mulher e sete filhos), não sabia que o filho tinha dinheiro para comprar um sítio. "Só se ele ganhou na loteria e não contou a ninguém". Segundo o pai, o corretor Bidú, disse que seu filho lhe havia informado que tinha R$ 190 mil, na agência do Banco do Brasil de Olímipia, para comprar a propriedade rural.

No entanto, segundo Gustavo Bitencourt, seu neto foi verificar e acabou constatando que nem conta neste banco ele possuía. Também sobre uma casa em Itápolis e outra em Severínia, próxima do recinto "Pipocão", que teria sido vendidos para comprar o sítio, o pai declarou desconhecer que o seu filho tinha estes imóveis. "Ele não tinha esse dinheiro", afirmou o pai. Ainda de acordo com o pai, Gustavo Bitencourt, a data do casamento que estava marcada para o próximo dia 26, conforme lhe contou a noiva, também não era do conhecimento da família.

Segundo o pai, Amauri era um pouco fechado, mas tinha uma vida absolutamente normal e para ele "tudo isso é uma grande surpresa". E mais, ele afirma não ter idéia de quem e porque mataram seu filho.

POSSIBILIDADES

A polícia de Severínia também trabalha com a possibilidade do motivo do crime ser passional, pois surgiram informações que Amauri teria tido relacionamentos amorosos com mulheres comprometidas em Severínia. Também não está descartada a possibilidade de roubo seguido de morte (latrocínio).

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