09 de fevereiro | 2014

Falta de chuvas já reduz vazão de poços do Daemo em até 50%

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Embora negue a possibilidade de racionamento no fornecimento, o diretor da Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Olímpia – Daemo Ambiental, A­laor Tosto do Amaral, afirmou nesta semana que a falta de chuvas no município de Olímpia já provocou uma redução de até 50% da vazão dos poços que fornecem água para pelo menos 70% da cidade.

A afirmação foi feita durante uma longa entrevista, gravada provavelmente na segunda-feira, dia 3, que foi levada ao ar pela rádio Espaço Livre AM dividida em vários trechos durante a semana.

De acordo com ele, atualmente a vazão desses poços está variando de entre 10 e 20 metros cúbicos por hora. “Estão quase todos pela metade da vazão”, enfatizou.

Mas desde o mês de dezembro que o problema da falta de chuvas tem causado problemas. Por isso, informou já ter perfurado três poços e fala até em perfurar novos poços para suprir a demanda.

De acordo com Alaor Tosto do Amaral, há um poço no setor do Jardim Cecap, na zona leste da cidade, que já não tem mais condições de fornecer água: “Inclusive no final de dezembro secou um poço nosso”.

Segundo o superintendente, as chuvas muito intensas e rápidas como ocorreu no dia 30 de dezembro não repõem a água do subsolo. “Esse lençol freático não está sendo abastecido adequadamente pela falta de chuvas”.

Atualmente o Daemo produz cerca de 250 metros cúbicos com os 55 poços. Mas com a redução de 50% anunciada pelo superintendente, a produção teria sido reduzida para aproximadamente 125 metros cúbicos por hora.

Já a captação do córrego Olhos D’água produz de 200 a 250 metros cúbicos por hora. Des­consi­derando a quebra da vazão dos poços, esses números indicariam o total de 450 a 500 metros cúbicos por hora.

Por outro lado, na cidade há 300 poços particulares, todos também retirando água de um lençol freático localizado a aproximadamente 250 metros de profundidade.

REDUZIR CONSUMO

Algumas medidas já foram adotadas com a finalidade de reduzir o consumo de água para afastar a possibilidade de racionamento. Por exemplo, para economizar foram lacradas cerca de 100 torneiras em praças.

Além de economizar água, o lacre tem a finalidade também de evitar vazamentos por causa de torneiras quebradas. Além do que justifica que muitos pontos estavam contaminados. “Lacramos todos”.

Mas um eventual racionamento de água sempre bate a porta do Daemo Ambiental. A falta de chuva, que já está escassa, pode prolongar assim que entrar o outono e chegar o inverno, períodos nos quais normalmente chove ainda menos.

“Daqui mais três meses vamos entrar numa seca brava”, avisa. “Se for uma seca normal, na média dos últimos anos está sob nosso controle”, acrescenta. Até por isso ele pede para a população evitar lavar carros e calçadas. Quer dizer, pede para reduzir o consumo.

 

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