20 de setembro | 2009

Engenheiro afirma que não precisava interditar a ponte

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De acordo com o engenheiro olimpiense, René Alexandre Gale­tti, professor de mecânica do solo da Faculdade Dom Pedro II, de São José do Rio Preto, não seria necessária a interdição da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), para a reforma da ponte sobre rio Turvo, no trecho que liga a cidade de Olímpia a São José do Rio Preto.

A afirmação foi feita no início da tarde da quarta-feira, dia 16, durante uma entrevista que concedeu a uma emissora de rádio da cidade. De acordo com ele, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) realizou a licitação da obra, levando em consideração o grande fluxo de veículos para que a obra fosse realizada com caminhões e carros passando normalmente.

“Quando começou a execução (das obras) fui solicitado para fazer uma vistoria em alguns pilares que já tinham sido concretados e foi ai que tive contato com o projeto e conheci o projeto de execução”, explicou o motivo pelo qual tomou conhecimento da forma como foi encaminhada a situação. “Esse projeto foi feito levando em consideração que o fluxo não seria interrompido”, reforça.

Galetti disse ainda que a interdição não foi pedida nem pelo DER e nem pela empresa para executar o serviço de reforço dessa ponte que, teria sido pedida pela empresa que está fazendo a vistoria da obra da ponte.

“E isso não é um fator técnico, vamos dizer assim, que possa afetar. A gente sabe que não é o ideal fazer a reforma com uma ponte em movimento, mas ela foi pedida, essa interdição, devido à segurança dos funcionários que trabalham na obra”, acrescentou.Ele destaca que, de acordo com a lei de licitações, quando qualquer órgão público abre uma concorrência de obra de engenharia, as empresas que estão se propondo a participar tem que fazer aquilo que a gente chama de visita técnica.

“Qual o motivo dessa visita? Não é simplesmente reunir e cada um ficar sabendo. A visita é para que as construtoras vejam quais são as interferências que estão tendo”, observou, lembrando que tem as informações e conhece o projeto: “vi a execução, que essa foi uma obra orçada para ser uma obra que está com o fluxo normal da rodovia”.

Acidente

O problema, de acordo com ele, é que a sinalização era precária. “Colocaram as tartarugas e algumas placas. Então, acho que, interromper o fluxo, principalmente de uma SP igual a essa, que corta o estado, gera um transtorno muito grande”, disse.

O engenheiro diz que transtornos em uma obra de recuperação sempre existem, mas que isso poderia ser minimizado com a colocação de semáforo, utilizando apenas uma faixa da ponte por vez: “Acho que seria uma melhor solução”. Mas essa interdição foi pedida, justamente depois de acontecer um acidente, segundo o engenheiro há aproximadamente 15 dias.

“Numa sexta-feira à noite, um ônibus de trabalhadores rurais ultrapassou em cima da ponte e pegou um pálio que seguia no sentido contrário. Nós estamos pagando por uma imprudência de nós próprios. A interdição é simplesmente pela má educação dos condutores que ultrapassam no meio da ponte e a sinalização está deficitária. Tem poucas placas e poucas lombadas. De repente estamos pagando por um problema que poderia ser solucionado por uma melhor sinalização na ponte”.

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