23 de janeiro | 2012

Empresário diz que Olímpia não tem política para atrair empresas

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O empresário Carlos Tenório Martins (foto), proprietário da Carmaço Reservatórios, afirmou esta semana que o município de Olímpia não tem uma política para atrair mais empresas ou mesmo para segurar as poucas que ainda conseguem manter suas produções. “Acho que se houvesse uma política voltada para atrair empresas no município, todos ganhariam com isso”, declarou.


Martins conta que ao longo dos sete anos que está completando em Olímpia, conseguiu formar um “excelente” (sic) quadro de funcionários. “Profissionais de alto nível que aprenderam aqui e outros já vieram com certa formação e lamentavelmente a gente tem que começar de novo em outra cidade”, reclamou.


“Fizemos alguns investimentos com profissionais na área de solda, de pintura, para que pudesse pegar essa mão de obra que é pouco qualificada em Olímpia, e torná-los melhores profissionais.
Hoje, lamentavelmente, parte desse trabalho ficará perdido, pois as pessoas ficam e a empresa vai embora”.


Porém, de acordo com Martins, alguns funcionários se propuseram seguir com a empresa porque acreditam nela. “Uma parte está comigo desde 2005 e os demais vão ficar por aqui e procurar oportunidade em outras empresas”, comentou.


O empresário fala até com tristeza de sua saída de Olímpia. “É uma cidade que aprendi a gostar até pelo calor das pessoas que aqui nos receberam durante todo esse tempo, fornecedores, prestadores de serviços. É uma cidade que nos surpreendeu na forma de acolher as pessoas que aqui chegam. É muita simplicidade e confiança no nosso trabalho. Diria que colhi bons frutos aqui e às vezes nos entristece de deixar isso para trás”.


A área oferecida pela Prefeitura fica no Distrito Industrial III, que ainda está em construção atrás da FIDO, mas ainda sem a infraestrutura necessária.


Mas antes da decisão de partir Martins andou atrás de outras áreas próximas a Olímpia. “Encontrei certa dificuldade de encontrar em uma parte que fosse comercial, ou pela área ou pela falta de galpão adequada as nossas necessidades. Então, para eu construir um galpão novo em uma área considerada ideal, nós optamos por voltar com a indústria para próximo a Rio Preto”, explica.


Inclusive ao reclamar do valor cobrado de IPTU, que acha muito alto para uma área industrial, Martins afirmou que o parque industrial local é muito fraco. “São poucas empresas e a maioria está com área desocupada. Acho que deveria ser um distrito voltado em atrair indústria e ter incentivo e não é o que ocorre”, avaliou.

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