12 de maio | 2010
Empresa de primo de Geninho contratada pela prefeitura de Olímpia
Uma
empresa que pertence a Marco Antônio Zuliani, primo do prefeito Eugênio José
Zuliani, Geninho, que está sendo acusado de participar de esquema fraudulento
na prefeitura de Bebedouro, foi contratada pela prefeitura de Olímpia para
executar serviços no valor de R$ 484 mil. A LMA Construtora, da cidade de
Catanduva, venceu licitação para fornecer massa de asfalto à Prefeitura de
Olímpia. A homologação foi publicada no diário oficial do Estado no dia 1º de
maio.
A empresa foi declarada vencedora do processo de licitação, na modalidade
pregão, número 41/2010, para o fornecimento de massa asfáltica “para atender as
necessidades”, não só na sede do município, mas também nos distritos de Ribeiro
dos Santos e Baguaçu.
De acordo com o jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, durante uma
entrevista que concedeu na segunda-feira, dia 10, Marco Antônio confirmou o
parentesco com o prefeito de Olímpia. “É meu primo”, afirmou o empresário de
Catanduva a se referir a Geninho. “Trabalho no Estado inteiro”, justificou o
empresário, negando que tenha havido qualquer tipo de influência.
Segundo o jornal, Marco Antônio seria também ligado a empresa Consfran de Catanduva,
que recebe o lixo recolhido em Olímpia. Porém, o chefe de gabinete da
prefeitura, João Paulo Polizelo, Pita Polizelo, explica que a coleta de lixo é
feita pela empresa Multiambiental, de Votuporanga, que terceirizou o depósito
dos resíduos em Catanduva.
O jornal destaca ainda, que segundo um promotor de justiça, ouvido sob a
condição de anonimato, disse que a contratação pelo prefeito do seu primo
configura, em tese, ato de improbidade administrativa, ou seja, infração contra
a Lei 8.429/92.
De acordo com o representante do Ministério Público, o “ato
ímprobo que decorre essencialmente da inobservância de princípios que regem a
administração pública, especialmente o da legalidade e impessoalidade.
Portanto, frustra o procedimento licitatório”.
Na terça-feira, dia 11, Pita Polizelo, segundo o Diário, tentou
localizar o prefeito para comentar o caso, mas Geninho não teria sido
encontrado. Polizelo teria informado então ao jornal, que o telefone celular do
prefeito estava desligado.
Marco Antônio é um dos
investigados na operação “Cartas Marcadas” promovida pela Delegacia Seccional
de Bebedouro e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) que desmantelou fraude em licitações de obras públicas. Foram detidos
15 pessoas entre empresários e servidores do 1º escalão da Prefeitura de
Bebedouro, onde a LMA ganhou uma carta-convite de R$ 120 mil para pavimentação
de ruas.
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