16 de junho | 2013

Dívida de Moreira quase dobra em apenas 8 meses

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Uma dívida deixada pelo ex-prefeito José Carlos Moreira (fo­to), que segundo consta ter si­do contratada em 2005, cujo valor inicial era de R$ 600 mil, quase dobrou no período de apenas oito meses. De acordo com uma informação di­vul­gada nesta semana pelo prefeito Eugênio José Zuliani, o valor de R$ 4 milhões em novembro de 2012, atualmente já chega ao total de R$ 7 milhões.

Esse é o total que, segundo o pre­feito, aparece no Sistema de Registros de Operações de Crédito com o setor público (Cadip), informação que teria recebido no início deste mês da Caixa Econômica Federal (CEF).

O prefeito foi em busca de fi­nan­ciamento no BNDS (Banco Nacional do Desenvolvimento Social), através da Caixa Econômica Federal (CEF), e novamente deparou com a dívida deixada pelo ex-prefeito José Carlos Moreira.

“Estou com uma carta datada dia 6 de junho, da Caixa Econômica Federal, dizendo que devido ao cadastro do sistema PROVIAS, o fi­nanciamento de R$ 3 milhões não pode ser concretizado pelo fato de Olímpia estar incluída no Cadip. Então, a Prefeitura não a­tingiu os requisitos necessários para tanto”, disse o prefeito a u­­ma emissora de rádio local nesta semana.

Trata-se de uma dívida que a Prefeitura Municipal de Olímpia teria contraído em 1995, na gestão do ex-prefeito José Carlos Mo­reira, através do banco Ba­nes­pa, numa operação que antigamente se chamava ARO (Antecipação de Receita Orçamentária). Era comum à época, os prefeitos usarem a operação pa­ra pagar a folha do 13.º salário dos funcionários, quase sempre no início de cada ano.

“E nós descobrimos essa dívida. Fomos tentar pagar, é R$ 7 milhões. Nós não vamos conseguir pagar ela agora, ela vai ter que entrar na lista de precatórios para receberem no futuro. Está impedindo a Prefeitura de fazer novos financiamentos, de modernizar a frota, de poder melhorar ainda mais as estradas rurais”, reclamou o prefeito.

No entanto, diz que “o nosso departamento jurídico está entrando com um pedido de li­mi­nar junto ao Poder Público para que ex­clua o nome de Olímpia desse Cadip, que é um órgão que até então nós desconhecíamos, para que a gente possa operar com as linhas de financiamento que a CEF dis­po­nibiliza para todas as Prefeituras”.

Mesmo assim, anunciou que faria ontem uma nova tentativa de ter acesso à mesma linha de crédito, desta feita através do Banco do Brasil, mas não acredita que conseguirá. “A chance de sucesso também é pequena porque o Banco do Brasil e Caixa vão ao BNDS e o BNDS vai ao Tesouro Nacional, vai para a mesma consulta”, finalizou.

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