Uma descarga atmosférica, ou seja, um raio ou mesmo uma faísca, que foi registrada na tarde da terça-feira, dia 17, por volta das 16h20, causou estragos em pelo menos três locais da região central de Olímpia. Segundo o que foi apurado, os estragos foram em duas emissoras de rádio (que estão fora do ar desde o incidente) e uma escola estadual da cidade.

Uma das emissoras atingidas foi a rádio comunitária Cidade FM, na região centro leste, que, segundo informou o diretor da emissora, advogado, filósofo e jornalista José Antônio Arantes, queimou totalmente o transmissor, mesa de som, ar condicionado e pelo menos parte dos equipamentos de informática.

No entanto, essa não é a primeira vez que a associação sofre prejuízos por causa de uma descarga atmosférica. Recentemente, embora em uma densidade menor, o transmissor da emissora foi prejudicado por um raio.

A outra emissora atingida, embora não se tenha obtido uma informação oficial, foi a rádio Difusora AM, que fica também na região centro leste e que também está fora do ar desde a tarde da terça-feira, dia 17.

Mas na Escola Estadual Dr. Antônio Augusto Reis Neves, localizada na região centro sul da cidade, o raio queimou todos os computadores, segundo uma ocorrência registrada na Delegacia de Polícia de Olímpia.

Embora neste ano a incidência tenha sido menor, pelo menos nos primeiros três meses, de acordo com dados do INPE (Instituto Nacional de Pes­quisas Espaciais), órgão vinculado ao Mi­nistério de Ciência, Tecnologia e Informação, o município de Olím­pi­a foi classificado como o vice-campeão regional em raios durante o ano de 2013.

Nesse período foram re­gistradas 3.415 descargas elétricas, perdendo apenas para Jo­sé Bonifácio que teve 3.466 registros. Porém, ainda não foi divulgado um relatório do ano de 2014.

No entanto, em 2012, também segundo o INPE, o município foi o campeão. O levantamento mostra que no período houve 3.962 registros de raios. Já no mesmo período foram 3.629 casos em José Bonifácio.

COMPETIÇÃO RAIO A RAIO

Analisando os números de um levantamento publicado no início do ano passado pelo jornal Diário da Região, de São J. do Rio Preto, cidade que registra uma quantidade bem menor, poderia se afirmar que os resultados mostrariam uma competição raio a raio.

Em Olímpia, segundo o órgão, nos anos de 2012 e 2013 foram registrados 7.377, uma média de 9,15 por quilômetro quadrado. Já em José Bo­nifácio foram regis­trados 7.095, o que indica que vence também na média dos dois últimos anos.

De acordo com o jornal, o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), Os­mar Pinto Junior, explica que o volume de raios re­gistrados em janeiro de 2014, ficou um pouco abaixo da média histórica devido à estiagem atípica deste início de ano.