O diretor da Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Olímpia – Daemo Ambiental, A­laor Tosto do Amaral, confirmou à imprensa local que determinou o bloqueio de mais de 100 pontos de água, principalmente os localizados em praças públicas. “A água é potável para ser consumida pelo ser humano. Tem certo custo e não dever ser usada para aguar jar­dim, ainda mais nos próprios municipais”, alega.

Por isso que, segundo ele, houve a decisão juntamente com o prefeito Eugênio José Zuliani de bloquear todas as torneiras que estão desperdiçando a água potável que a população paga.

“Vamos manter os pontos só que bloqueados. Se houver a necessidade, como, por exemplo, um evento como o que tivermos nesses dias, com a vinda do ônibus do Hospital do Câncer de Barretos ou outros eventos. Aí sim, com a solicitação a Daemo vai e libera a utilização (da água) nesses pontos. Pois é u­ma água cara e paga pela popu­la­ção”, afirmou.
 

Consta que são mais de 100 pontos que foram bloqueados, a princípio porque em alguns locais as condições estavam insalubres, como no caso de alguns bebedouros de água. Um desses casos seria o da Praça do Jardim Cecap, na zona leste, que tinha um ambiente de contaminação. Mas segundo Amaral “o maior problema é com o desperdício”.

“Estamos agora com três caminhões e o próprio município vai manter esse serviço de aguar as praças, mas com água reutilizada que não tem custo para o contribuinte, como a que pegamos no Thermas. Com essa nova frota e a abundância de água de reuso que temos aqui vamos cumprir com essas tarefas e ainda oferecer esse serviço para o setor privado, pois a água é mais barata para a aquisição”, explicou.

ESTADO DE ABANDONO

O problema está atingindo a vários moradores de diversos bairros da cidade, que estão reclamando de total abandono pela Prefeitura Municipal de Olímpia, tanto da manutenção quando da limpeza de praças. Além disso, reclamam que o DAEMO cortou a água nas torneiras das mesmas.

Segundo uma moradora da Praça Maria da Glória, no Jardim Álvaro Brito, na zona oeste, funcionários do DAEMO fizeram o corte da água na manhã do dia 21, informando também que a mesma medida seria adotada em outras 17 praças da cidade.

“É um absurdo. Aqui somos nós, os moradores, que mantemos a praça inclusive a limpeza. Agora, nem a água vão fornecer. Não entendo qual a economia que farão com isso”, disse essa moradora.

Moradores da Praça Vereador Orlando Lapa, esta no Jardim Primavera, mesmo setor da cidade, afirmam que o descaso vai além da praça: “É só dar uma volta em torno da praça. As ruas estão sem condições de tráfego, pois o asfalto sumiu. Já estão na terra e tem que serem refeitos e a praça é um total abandono. Nunca mais vimos funcionários da Prefeitura fazendo a devida capina, limpeza das sarjetas. Muito menos na praça”.

Nas praças localizadas nos Jardins Antônio José Trindade e Luiz Zucca, Cohabs I e II, respectivamente, a situação é muito parecida. Há muito mato e diversas reclamações dos moradores. “Ainda não sei onde foram parar os var­redores de rua de Olímpia? A cidade está suja não só nas nossas praças. E agora cortaram até a água da praça. Isso é um absurdo”.