10 de janeiro | 2021

Cunha diz à TV Tem que volta às aulas presenciais vai depender da pandemia

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PERSPECTIVAS DO NOVO GOVERNO!       Fernando acredita que economia vai voltar a se recuperar a partir de junho. Dragagem e piscinões para resolver escoamento de chuvas.


DA REDAÇÃO COM TV TEM
O prefeito de Olímpia (SP), Fernando Cunha (PSD), concedeu na tarde de quinta-feira, 07, uma entrevista à TV TEM de São José do Rio Preto, quanto, entre outras coisas, ele falou que as aulas presenciais em Olímpia estão marcadas para se iniciar no começo de fevereiro, mas que tudo vai depender o desenrolar da pandemia. Clique na foto ou aqui e assista ao vídeo.

Fernando, que foi reeleito com 59,33% dos votos válidos, abordou, também assuntos como o impacto econômico provocado pela pandemia de Covid-19, adiantando que espera que o turismo volte a se desenvolver apenas depois de junho e a execução de obras antienchente.

TEM Notícias: Olímpia sofreu bastante diante das medidas restritivas de coronavírus, o que o senhor pretende fazer diante do cenário que a gente tem agora?

Fernando Cunha: "Houve, como em todo o estado, uma queda em novembro. Em dezembro voltou a crescer. Acho que tem mudança nas características dessa segunda onda. Aqui, especificamente, há um protocolo de atendimento na fase inicial de quem é contaminado e nós temos tido poucos casos que vão para a enfermaria. Há concentração maior em casos mais graves, de UTI. É uma mudança da primeira onda. Acho que os médicos ajustaram certo protocolo para tratamento inicial. É uma questão de imunização de cada organismo que faz com que os casos de UTI se agravem. Nós estamos seguindo o plano São Paulo, impondo rigor maior em alguns aspectos. A gente contesta em alguns momentos específicos em função da cidade ser turística e não ter praia. É uma praia controlada, mas não está sendo vista assim. Esse é o único ponto que temos de diferente da maioria dos municípios do estado, mas estamos seguindo o plano São Paulo."

TEM Notícias: A cidade vive do turismo. O impacto é grande, inclusive com demissões no setor. O senhor tem algum projeto para incentivar criação de vagas de emprego?

Fernando Cunha:"Olímpia me surpreendeu no ponto de vista da resiliência econômica. Agricultura continuou, a indústria continuou e os serviços, em grande parte, continuaram. Não tivemos uma crise grave na economia como esperávamos. Olímpia é mais forte na agricultura, na indústria e no serviço como a gente esperava, apesar do turismo significar 50% da economia. Acho que tudo depende da vacinação. A retomada, na minha previsão e a gente usa no nosso planejamento, é a partir de 1º de julho, data em que devemos ter retomada regular. De janeiro a junho é continuar com cuidados e restrições que tem. Nós estamos com este planejamento. Acho que a partir de julho o turismo volta muito forte em Olímpia, e qualquer outra coisa que a gente faça é de médio a longo prazo. Objetivamente é o turismo que vai ter a volta, inclusive com abertura de dois resorts gigantes no mês de junho, que serão mais de nove mil leitos e que vão gerar mais de nove mil empregos. Aqui é no turismo a grande retomada."

TEM Notícias: E a volta das aulas presenciais nas escolas municipais, qual a previsão para serem retomadas em Olímpia?

Fernando Cunha:"Aqui, em Olímpia, a gente trabalha com planejamento, com uma certa antecedência. Em dezembro, fizemos análise, e estamos programando a volta pra 1º de fevereiro, junto com governo do estado. Tudo está sendo preparado para volta em 1º de fevereiro. Espero que o inicio da vacinação e condições da Covid nos permita que a gente não possa adiar. Se estivermos na fase amarela e a situação estiver aceitável, com os pais também seguros de mandar seus filhos, podemos voltar com 70% de ocupação a partir de 1º de fevereiro. Este é o planejamento que estamos nos preparando."

TEM Notícias: Nesta semana, uma chuva provocou alagamentos em diversos pontos de Olímpia. Nos próximos meses, as chuvas são frequentes. Como a prefeitura pode minimizar esse problema em curto e prazo e, depois, acabar definitivamente com esses pontos de alagamento?

Fernando Cunha: "Foi ontem uma chuva intensa, foram 65 milímetros muito concentrados, uma tromba d'água aqui na cidade. Tem prefeito que fala que a culpa é da chuva, tem governador que fala isso é um absurdo. Mas nós fizemos a canalização do principal rio que corta a cidade e tivemos pontos de extravasão em alguns bairros. Microdrenagens temos feito, agora tem dois projetos em andamento em função do que vimos ontem. Por coincidência, sou graduado em engenharia hidráulica, pós-graduado em hidrologia e esse assunto a gente planejou e vem estudando. Aprovamos na Cetesb, no final do ano, e vamos fazer uma dragagem da parte posterior à cidade para ver se aumenta a vazão do rio, para poder reduzir a lamina d'água no centro da cidade e poder absorver mais água mais rapidamente. Projetamos um grande piscinão em uma das bacias, porque precisamos retardar o tempo da cheia. Uma bacia tem uma área de concentração de chuva e tem um tempo com que ela chega em determinado ponto extravasando no canal do rio. Temos, então, que reter parte das cheias a montante, próximo das nascentes ou do ponto de acumulação. Temos ponto mais sério, que deve absorver grande parte dos pontos que ainda tivemos de alagamento. É um piscinão na ordem de R$ 5 milhões. Estou viabilizando recursos pra gente licitar. Também tem um segundo piscinão que está sendo estudado para outra parte da cidade que ainda tem pontos de alagamento. A microdrenagem está bem adiantada. Temos que reduzir o volume de água que está chegando ao mesmo tempo nesses pontos de alagamento. Isso está projetado e vai ser feito eu espero nos próximos dois três anos a gente consiga fazer isso."

TEM Notícias: O Governo Federal investiu em contrapartida com a prefeitura em poços profundos, reservatórios. Como o senhor disse, vêm novos resorts, mais leitos. A cidade está preparada para não sofrer com falta d'água?

Fernando Cunha: "Temos planos de expansão que fizemos e garantem para Olímpia os próximos 15 anos de abastecimento e tratamento de 100% do esgoto. Mas o que temos é uma lei municipal, onde todo grande empreendimento tem que pagar para que seja feita uma produção adicional ou tratamento do esgoto adicional. O que o serviço municipal faz é assegurar para o morador, o comércio normal. Os grandes resorts tem equação financeira própria. Ou eles produzem a água e tratam o esgoto deles. Ou eles pagam para prefeitura expandir o sistema. Temos equacionamento jurídico que prevê as receitas para manter expansão e não passar por nenhum estrangulamento. Ter 100% do esgoto tratado e não ter racionamento na cidade, como nós já não estamos tendo e nós próximos 10, 15 anos, não deveremos ter."

 

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