03 de maio | 2009

Crise financeira diminui acordos e faz crescer o número de demandas

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 A crise financeira que atingiu o país, principalmente no último quadrimestre de 2008, também atingiu a atividade econômica do município de Olímpia. Por isso, houve falta de recursos financeiros para acordos que encerrassem as reclamações contra as empresas e, ao mesmo tempo, fez crescer o total de ações trabalhistas protocoladas nos primeiros quatros meses deste ano, na Vara do Trabalho de Olímpia.

Pelo menos isso é o que pode ser depreendido das explicações dadas à reportagem desta Folha da Região, pela juíza Silnei Garrido Lage(foto), da Vara do Trabalho local.

De acordo com ela, por falta de pagamentos, os acordos pararam de ser concretizados, conseqüen temente aumentado o total de ações protocoladas. “Ficamos cerca de seis meses praticamente sem fazer acordos trabalhistas”, explicou.

De acordo com ela, somente agora é que os acordos estão sendo retomados. Por isso, já está definida a semana de conciliação, chamada “Conciliar é Legal”, prevista para o período entre os dias 18 e 22 de maio.“É uma campanha nacional.

A terceira edição dela e vamos ter algumas seções extraordinárias para tentar fazer mais acordos para diminuir o número processos em fase de execução”, informou.

Já sobre o aumento na média mensal deste ano em relação ao ano passado, para Lage é uma situação isolada e “insólito”. “Avalio como sendo um aumento substancial de ações, mas a tendência é agora dar uma estabilizada”, afirmou.

Porém, ela acredita que no próximo ano terá um volume ainda maior de ação trabalhista, até por causa do crescimento econômico. Lage reforça que, em parte, um dos motivos do crescimento é por causa da própria economia local que cresceu a partir de 2007.

“De 2006 para cá a cultura da cana-de-açúcar aumentou bastante e com ela vieram mais empregos e sempre no final de cada safra e a cultura da cana é sazonal, sempre são dispensados os trabalhadores e existe mesmo uma protocolização trabalhista para pleitear alguns direitos que os trabalhadores têm e que são devidos.

Isso aí é normal”, explica. Lage reforça ainda mais que aumentar o volume de ações é normal, mas “esse crescimento de 56% é um crescimento anormal”.

De dentro do crescimento econômico, a cana-de-açúcar, segundo a juíza, a partir de 2006, tem responsabilidade direta pelo aumento do volume de reclamações trabalhistas.

“A Justiça do Trabalho está atrelada de uma maneira muito direta ao crescimento econômico da comunidade”, justifica.

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