06 de setembro | 2010

Consumo e estiagem comprometem o abastecimento de água da cidade

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O aumento do consumo, principalmente por causas do maior consumo de água em razão das condições climáticas, e a longa estiagem que está ocorrendo desde o mês de abril deste ano já comprometem o abastecimento de água em Olímpia.

Se não chover nas próximas semanas a situação poderá ficar pior já que aproximadamente 60% da cidade é abastecida pelo sistema de poços artesianos e estes já estão apontando níveis baixos, chegando, em alguns casos, próximos do mínimo necessário.

No entanto, segundo a superintendente geral do Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAEMO), Sandra Regina de Lima (foto), a situação ainda é considerada tranquila quando se trata da água distribuída a partir da Estação de Tratamento de Água (ETA), do Jardim Toledo, zona oeste da cidade.

Sem ter como prever por quando tempo, a ETA, que atende 40% da cidade, vive situação mais cômoda. A diretora explica que o nível da represa da Estação de Captação ainda tem um volume de água considerável, até mesmo em razão de um trabalho de desassoreamento realizado recentemente, já pensando no prolongamento do período de seca.

Lá, segundo explicou, as bombas continuam funcionando dentro das 18 horas diárias previstas a cada uma, ao contrário do sistema de captação subterrânea, onde há momentos em que o nível do poço precisa ser acompanhado e chega até a exigir o desligamento de bombas. Mas mesmo assim, ainda não fala em racionamento de água.

AUMENTO DO CONSUMO
No entanto, Lima alerta para o aumento anormal do consumo de água, principalmente nos meses de julho e agosto. Mas em razão da estiagem mais severa deste ano, o consumo chegou a aumentar 8,4% no período entre janeiro e agosto. Segundo informou, se em 2009 foram consumidos cerca de 1,9 milhão de metros cúbicos, neste ano ultrapassou a casa dos dois milhões.

O mês de agosto, por exemplo, teve um aumento de 14,2% quando comparado com o mesmo período de 2009. Se em agosto do ano passado foram consumidos 247,2 mi metros cúbicos, neste ano o consumo subiu para 282,3 mil,

Mas o período de julho, quando normalmente a população itinerante da cidade aumenta por causa das férias, sofreu um aumento maior. Nesse caso o consumo foi 18,9% maior. Dos 226,7 mil metros cúbicos em 2009, subiu para 269,7 mil neste ano.

Jardim Paulista
Por outro lado, no caso dos moradores da parte alta do Jardim Paulista, zona leste da cidade, Lima explicou que foi encontrada uma solução paliativa, mas que pode controlar a situação até a instalação de um poço ao lado do córrego dos Pretos e a construção de uma rede de aproximadamente, 1,8 mil metros.

Lima explicou que foi encontrada uma ponta de rede que estava fechada, que ligada aquele setor, está conseguindo reforçar o volume evitando que o consumo na parte baixa interfira na parte alta da rede.

Mas ressalta que o resolverá o problema definitivamente é a conclusão do projeto da nova ETA, ao lado do Jardim Cecap, que está dependendo de recursos federais e ainda não tem informações.

Lima acredita que somente depois de encerrado o período eleitoral para uma definição. Por isso não tem prazo para reiniciar a obra. “Não tem nada definido ainda”, disse.

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