05 de janeiro | 2020

Comerciantes reclamam que Open Mall foi reaberto sem condições de funcionamento

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LÁTINHA OPEN MALL?        Comerciantes querem poder vender as mercadorias que compraram para a temporada.

Segundo comerciantes o local era utilizado para a captação de compradores de apartamentos e a estrutura da loja servia para atrair os clientes.

Os comerciantes Danielson Pereira de Oliveira (à esquerda), proprietário da loja Sol & Mar Moda Praia e Nilson José Ribeiro (à direita), um dos proprietários da loja Santo Luxo, que conseguiram uma liminar na justiça no dia 18 de dezembro para que fosse reaberta a galeria Open Mall que fica na esquina das Avenidas Aurora Forti Neves e Voluntários de 32, explicaram que a reabertura foi feita pela proprietária do local sem as condições de funcionamento.

Segundo eles o local teria que ser reaberto nas mesmas condições de quando ele foi fechado no dia 16, como parte de higiene, infraestrutura, iluminação, climatiza­dores, programas de mídia de televisão que havia e também a questão de seguranças.

“Atualmente, os banheiros estão sem energia, muitos banheiros sem portas, nós estamos ainda sem refrigeração e o calor nesta época é insuportável. Também estamos sem iluminação em várias partes e sem a sinalização que existia anteriormente, nem os extintores foram colocados de volta”, disse Danielson.

“PASSAMOS O ANO AGUARDANDO A ALTA TEMPORADA”

E continuou: “Nós estamos correndo o risco de passar o melhor momento, que é alta temporada, sem as rendas que o nosso local obtinha. Nós dependemos do turismo e passamos um ano aguardando a alta temporada e quando chega o momento somos praticamente despejados sem tempo para restabelecer o negócio em outro lugar”.

Os comerciantes contam que os aluguéis que pagam giram em torno de R$ 3.800,00 por mês. Então, nos deparamos com uma notícia destas. “No dia 8 de dezembro fomos comunicados que o Open Mall iria ser fechado no dia 16 e então, no dia 16, eles vieram e fecharam e já começaram a retirar tudo o que tinha”, destacou.

E continuou: “Antes de dezembro, por volta do mês de outubro, chegamos a perguntar de maneira informal qual seria o futuro do Open Mall, pois teríamos que nos preparar para as compras de final de ano, compras programadas, embalagens com o endereço local a serem feitas. Nos deixaram sem nenhum tipo de resposta”.

“ELES USAVAM O LOCAL PARA FAZER CAPTAÇÃO DE CLIENTES”

Os comerciantes, embora a empresa tenha alegado no processo que o fechamento se deu pela inadimplência de outros comerciantes, que o verdadeiro motivo foi que teriam arrumado outro local para fazer a captação que ocorria ali. “Neste local, existiam a sala de captação para venda dos apartamentos que movimentavam milhões. Então, eles tiveram muito lucro como Open Mall. As lojas aqui era um atrativo para atrair o turista no momento que eles estavam aqui dentro, se locomovendo, eles eram abordados pelo pessoal da captação. Então eles não podem chegar agora alegando que Open Mall não deu resultado, porque se dependesse de viver um, dois, três meses sem ter resultado financeiro, eu deveria ter fechado a minha loja na baixa, como muitos fecharam também na baixa. Nós sustentamos os momentos críticos para chegar um momento que se torna um momento satisfatório e ter uma compensação e acontecer isso”, argumentam.

Os comerciantes entendem que fecharam o local por terem adquirido um outro ponto para realizarem a atividade de captação. “Ao fazer isso, aqui deixou de ser atrativo para eles, aqui deixou de ser lucro para eles, então foram deixando de fazer o que seria necessário referente ao estabelecimento. Com isso, os lojistas locais começaram a sentir e tiveram muitas quedas, quedas altís­simas em suas vendas e automaticamente, como todo pequeno empresário, não aguentaram a situação e vieram também a deixar de pagar os seus aluguéis”, complementa.

Sobre o futuro, Da­nielson mostra apreensão porque o investimento foi alto para eles. “Tem mercadorias aqui. Até no começo, que houve todo esse transtorno, a gente teve que contratar um segurança particular porque foi tirado segurança, o pessoal da limpeza. Para as lojas não ficarem sozinhas eu e o Nilson contratamos segurança durante a noite. A gente pagou quatro noites para ele tomarem conta das nossas mercadorias e durante o dia a gente ficava por aqui. Agora a gente tá reorganizando e vamos ver o que fazer”.

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