08 de novembro | 2011
CETESB nega mortandade de peixes, mas confirma falta de oxigênio na água do córrego Olhos D’Água
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A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), de Barretos, órgão vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, negou uma possível mortandade de peixes no córrego Olhos D’Água, mas confirmou que há falta expressiva de oxigeno na água do rio.De acordo com o técnico do órgão, Márcio Barbosa Tango (foto), o nível de oxigênio da água está bastante abaixo do normal, aproximadamente 70% menos, mas não seria o responsável pela morte dos sete peixes mortos que encontrou.
Os testes indicaram 1,38 e 1,40 miligrama de oxigênio por litro de água, quando o ideal seria que variasse entre cinco e seis miligramas. Na verdade, a água do rio está com apenas cerca de 27,6% do oxigênio ideal.Acompanhado de dois policiais ambientais, o técnico da CETESB esteve em Olímpia na tarde da segunda-feira desta semana, dia 7, por volta das 16 horas, fazendo testes na água do rio em pelo menos três lugares no trecho que corta a cidade ao meio.
O órgão e a Polícia Ambiental foram acionados por uma denúncia anônima informando uma possível mortandade de peixes no rio que é responsável pelo abastecimento de pelo menos 30% da cidade.
Na medição do nível de oxigênio na água na ponte da Rua Nove de Julho, por exemplo, foi constatado que o nível de oxigênio da água estava variando de 1,38 a 1,40 miligrama por litro, quando o ideal seria de cinco a seis miligramas.
Porém destacou que pela quantidade de peixes mortos constatada durante a fiscalização – cinco a sete peixes – e pela quantidade e raça de peixes existentes no local, mesmo como nível de oxigênio abaixo do normal, não seria este o motivo da morte dos peixes.Ao contrário do que se pensava inicialmente, no local foram encontrados apenas exemplares de Tilápia, que segundo os policiais ambientais, é um peixe muito resistente e consegue sobreviver em condições bastante adversas.
Além disso, tanto o técnico da CETESB, quanto os policiais ambientais, afirmam que a quantidade de peixes encontrados mortos não configura a chamada mortandade. Mas mesmo assim avisam que a situação requer cuidados e que é necessário observar diariamente os outros peixes que vivem no mesmo local.
Já na represa de captação de água da Daemo Ambiental, sucessora do DAEMO (Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia), localizada na parte baixa do Jardim São José, segundo o técnico da CETESB constatou, o nível de oxigênio da água estava em seis miligramas por litro, valor que é considerado como nível ótimo.
A partir das medições, o técnico chegou a conclusão que pode haver em algum ponto do percurso do rio, abaixo da represa de captação, alguma vazão de esgoto. Por isso recomenda que o município, no caso a Daemo Ambiental, faça uma verificação do problema detectado na segunda-feira.
POLUIÇÃO INDUSTRIAL
Por outro lado, também em meio à fiscalização, o agente deparou com uma situação que considerou anormal. Do lado da margem direita do rio, em frente a uma vidraçaria, ele encontrou um cano que liberava uma água de coloração esbranquiçada para o rio.Márcio Barbosa Tango coletou algumas amostras dessa água e, em um teste inicial sem o equipamento adequado, constatou que o PH da água estava alterado. No entanto, ele acredita que pela vazão do rio e pela quantidade desse fluído, o impacto ambiental seja pequeno.
Mesmo assim, segundo informou para esta Folha, o órgão notificará o proprietário da empresa para sanar a situação. Ele avisa que caso haja reincidência caberá até multa para a empresa. Numa primeira análise, disse acreditar que se trate de água com pó de vidro.
Márcio destacou também que ficará de olho no comportamento dos peixes que vivem ao longo do rio e que se a população notar algum problema deverá entrar em contato com a Cetesb pelo telefone (17) 3322-2655 ou a polícia ambiental (17) 3322-0499.
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