29 de dezembro | 2019
Pra sindicalista 2019 foi péssimo e em 2020 a situação precisa melhorar para o trabalhador
PERSPECTIVA 2020! “A coisa tá muito brava para o lado do trabalhador de modo geral”.
“Eu vejo esse ano que está se findando como muito ruim para o trabalhador, para os sindicatos, porque se o trabalhador não tem grandes salários, também deixa de gastar, o comércio deixa de vender”.
Para o presidente do Sindicato da Alimentação de Olímpia, João Roberto Stringhini, 2019 foi um ano péssimo para o trabalhador de modo geral e em 2020 as coisas precisam ficar mais claras e melhorar, senão poderão ficar ainda piores.
“A coisa tá muito brava para o lado do trabalhador. Ao longo dos anos, a gente veio perdendo bastante direitos. Hoje, tá muito difícil porque o sindicato não tem muito o que buscar, a falta de direitos gera poucas alternativas para buscar a negociação. Eu vejo esse ano que está se findando como muito ruim para o trabalhador, para os sindicatos, porque se o trabalhador não tem grande salários, também deixa de gastar, o comércio deixa de vender”, disse, ao iniciar sua entrevista, o sindicalista.
“IMPOSTO NINGUÉM QUER TIRAR. TIRAM DA PARTE MAIS FRACA”.
E continuou: “A gente fica muito aborrecido, porque em vez de colocar menos direitos e mais trabalho, devia ter colocado menos impostos e mais trabalho. Agora tributo ninguém quer tirar, quer tirar do trabalhador. É uma situação muito desconfortável. Tirar da parte mais fraca, é muito difícil. Reforma da previdência, reforma trabalhista, carteira verde e amarela que estão ensaiando aí que é sem nenhum direito. Tá muito difícil, tá muito difícil”.
Para 2020, João Roberto deseja que pelo menos as coisas fiquem normatizadas. “Que fique tudo pelo menos mais claro, porque você tem um caminho a negociar, você pode buscar algumas concessões, alguma flexibilidade, trazendo algum benefício para o trabalhador”, destaca.
“NÃO É UM ENGRAVATADO QUE NUNCA FEZ NADA QUE VAI SABER O QUE O TRABALHADOR TÁ PRECISANDO”.
Mas ele mesmo destaca que a situação está difícil, pois as pessoas que estão decidindo não são do sistema. “Entra, dá opinião, faz as reformas sem conversar com a gente e aí tá o grande problema. A gente sabe que sobra sempre no pilar mais baixo, que é o mais fraco que tá sustentando a sociedade. Eu gostaria que parasse com tanta reforma, ouvisse um pouco mais, sentasse um pouco mais com quem representa os trabalhadores. Não é um engravatado que nunca fez nada na vida que vai saber o que o trabalhador está precisando. Tá muito difícil”.
E conclui: “Eu queria que em 2020, as coisas voltassem a melhorar para todos, incluindo segurança, saúde e cultura. Isso seria muito importante. Do jeito que a situação está, fica muito difícil para manter o trabalhador com emprego e benefício”.
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