17 de setembro | 2017

Câmara rejeita lei obrigando construção de muros e favorecendo ricos donos de terrenos em avenidas

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A Câmara Municipal de Olímpia rejeitou e arquivou esta semana um projeto de lei encaminhado à casa pelo prefeito Fernando  Cunha, cuja finalidade era acrescentar ao que consta no Código de Posturas, a obrigato­riedade da construção de muros na frende de terrenos baldios, principalmente os localizados em avenida no quadrilátero central da cidade, que claramente tem sido alvo de especulação imobiliária.

O objetivo do projeto votado e rejeitado na noite de segunda-feira desta semana, dia 11, era melhorar o visual da cidade em vários corredores turísticos, sempre percorridos pelos turistas que visitam Olímpia, seja dirigindo seus próprios veículos, seja em ônibus de excursões.

No projeto de lei eram considerados corredores turísticos: Avenida Consti­tu­cionalistas de 32 (entre a Avenida Governador Dr. Adhemar Pereira de Barros e Avenida Aurora Forti Neves), Avenida Aurora Forti Neves (entre a Avenida Dr. Andrade e Silva e Rua Francisco Blanco), Avenida Mário Vieira Mar­condes (entre a Avenida Dr. Andrade e Silva e Rua Benjamin Constant), Avenida Governador Dr. Adhemar Pereira de Barros (entre a Rua Benjamin Constant e Avenida Constituciona­listas de 32), Rua Dió­genes Breda (entre a Rua Síria e Rua Durval Brito), Avenida Dr. Andrade e Silva (entre a Rua Síria e Avenida Mário Vieira Mar­con­des) e Avenida Deputado Dr. Waldemar Lopes Ferraz (entre a Rua Síria e Avenida Governador Dr. Adhe­mar Pereira de Barros).

Pela proposta apresentada pelo prefeito, todos os lotes urbanos localizados na sede do município confrontando com esses logradouros ficariam obrigados a manter os respectivos passeios públicos (calçadas) e muros com altura mínima de 1,80 metro, podendo ser utilizadas placas de concreto pré-moldadas, mas todos com portão de acesso para limpeza e conservação.

DEBATE ACIRRADO

O debate foi bastante acirrado entre os vereadores que defendiam a aprovação do projeto e quem era contrário. Até uma aquisição de quibes que teria sido feita por Salata, além do fato de um vereador defendendo irmão (que teria um terreno na área citada no projeto), entraram na discussão do projeto de Cunha.

A reportagem tentou identificar na Prefeitura quem seriam esses proprietários desses terrenos, mas não conseguiu. Porém, numa verificação realizada inclusive com o trabalho de uma reportagem fotográfica, pode se verificar que, pelo menos na grande maioria se trata de pessoas que têm bom poder aquisitivo, aliás, que em nenhum caso trata-se de pessoas que necessitam de casa para morar.

Na realidade trata-se de grandes terrenos que estão à disposição da especulação imobiliária que vem perdurando na cidade desde os dois mandatos do ex-prefeito Eugênio José Zuliani, como um terreno próximo a Empresa Fido, na Avenida Governador Dr. Ademar Pereira de Barros.

Outros casos são: terreno no antigo prédio do Móveis Caputo, na avenida Ademar Pereira de Barros (defronte à APAE); na Avenida Constitucionalis­tade 32 com a Avenida do Folclore, próximo ao número 215 (da Avenida Constitucionalistas); na Avenida Andrade e Silva, 413, na Antiga chácara do Amadeu Galmaci.

Na Avenida Aurora Forti Neves são vários: próximo ao Sindicato dos Bancários; ao lado do Boliche; ao lado do número 1127, na esquina com a Cimical; ao lado do número 67, ao lado do Teixeira Materiais para Construção; ao lado do número 1080, próximo a Acqua Mundi; defronte à Câmara Municipal; e esquina com a Avenida Deputado Dr. Valdemar Lopes Ferraz (onde monta circo).

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