A grande quantidade de buracos – em alguns lugares eles nem existem mais, as ruas então na terra pura – e o mato alto recolocaram Olímpia em destaque regional mais uma vez. O estado que se pode chamar de calamitoso foi mostrado na quinta-feira, dia 30, numa reportagem da TV Tem, emissora afiliada à Rede Globo de Televisão, em São José do Rio Preto.

De acordo com a emissora, em Olímpia os buracos nas ruas têm complicado o trânsito em alguns bairros e até no centro da cidade. Os moradores reclamam do problema que até já causou acidentes. Além disso, o mato alto e o entulho também incomodam. A sujeira pode ser vista em diferentes pontos da cidade.

No Jardim Santa Ifigênia, na zona norte, por exemplo, imagens mostram o aposentado José Paixão dos Santos tentando se equilibrar na bicicleta, o que é uma tarefa difícil com tantos buracos pelo caminho. “Tem de tomar muito cuidado porque senão cai, aqui tem muito buraco, a coisa está feita”, afirma.
 

Para quem anda de carro a missão é ainda mais difícil. Por causa de um buraco a aposentada Eliete Zanola se envolveu em um acidente no centro da cidade, por causa de um buraco.  “A pessoa estava na mão certa, mas ela foi desviar do buraco e jogou o carro em cima de mim, e acabamos batendo”, diz a aposentada.

No Jardim Tropical I, zona oeste, a situação é ainda pior. Em um trecho de aproximadamente 100 metros, existem quase 100 buracos. A rua foi interditada, porque tem uma equipe da prefeitura fazendo reparos.

PRAÇA ABANDONADA

Ainda no mesmo bairro, o abandono de terrenos particulares e privados também é motivo de reclamação dos moradores. Além do mato alto, que chega a encobrir a calçada, a quantidade de entulho é enorme.
 

No quarteirão de cima, a praça parece ter sido esquecida. Os bancos ficam escondidos no meio de tanto mato. “É uma judiação porque a gente ajudou a construir o local, plantamos árvores, flores e agora está abandonado sim. É muito triste”, lamenta a dona de casa Daine Pessolato.

Na margem do córrego Matadouro, que divide os jardins, Tropical I e II, há mais lixo com uma pilha formada por restos de construção e de móveis velhos. Quem atravessa a passarela, que interliga os dois é recebido por uma pequena floresta.

OUTRO LADO

Por outro lado, a mesma reportagem mostrou o secretário de Obras e Serviços Urbanos, engenheiro Renê Galetti, tentando justificar os problemas apontados pelos moradores e mostrados pela emissora de televisão.

Sobre a situação da Praça do Jardim Tropical I, cuja imagem é desalentadora, ele pouco explicou. Apenas disse que a Prefeitura Municipal tem feito roçadas em terrenos que pertencem ao município e que por três vezes limpou a margem do Olhos D’Água em 2013.

Já sobre a situação da pavimentação ele alegou principalmente falta de recursos. “Estamos com a operação tapa-buracos nas ruas. Estamos chegando ao período de chuvas e a Prefeitura deve dispor até o final deste ano R$ 180 mil das verbas da secretaria de Obras para realizar o tapa-buraco”.

No entanto, concorda que há locais que necessitam mais do um tapa-buraco: “O recapeamento, obviamente, seria o mais recomendado, seria o ideal. Porém, o município não tem recursos próprios para desempenhar. Aí fica à mercê de emendas parlamentares e de programas do governo estadual e federal”.

Mas essa solução depende da captação de recursos, atividade para a qual foi criado um Escritório de Captação de recursos, que tem status de secretaria municipal, que segundo Galetti, tem projetos em fase de finalização.

“Para o início do ano algumas emendas devem ser formalizadas já para o início das obras. O problema é que tudo isso daí demora. Isso é gerido pela Caixa Econômica Federal, então tem um tempo (prazo)”, alega o secretário.