A biomédica Márcia Aparecida Spegiorim acabou se acidentando com uma linha de cerol, aquela dotada de cortante de vidro para soltar pipas, quando retornava para sua casa no final da tarde da quarta-feira (04), por volta das 18 horas, guiando uma motocicleta. A linha estava sendo usada pelo adolescente de 14 anos, de iniciais N.L.G., de 14 anos, morador no Jardim Alfredo Zucca, bairro que é conhecido popularmente por Cohab IV.

A biomédica contou que quando chegava em sua casa percebeu uma queimação em sua garganta e ao passar a mão percebeu que saia sangue e pediu por socorro. Além de ter forças para parar a motocicleta, ela conseguiu também, usando a mão que também ficou ferida, tirar a linha de seu pescoço.

Márcia foi socorrida pela sua vizinha Creuza Maria Canevarollo e conduzida à Santa Casa de Olímpia onde foi medicada nos cortes que teve em seu pescoço e mão e liberada logo em seguida. A mãe de N.L.G. ficou sabendo dos fatos ao chegar em casa quando regressava do trabalho.

Sobre o termo circunstanciado de menor infrator, o delegado Leonardo Isper Nassif Balbim, titular da Delegacia de Polícia de Olímpia, explicou à imprensa na manhã da quinta-feira (05), que os pais de adolescentes que usam cerol na linha de pipas estão sujeitos, não só a ação penal contra o adolescente que resulta em medidas sócio-educativas, mas também a uma ação civil por danos causados pelo acidente.

"O adolescente que praticou esse ato cometeu um ato infracional e o boletim de ocorrência será encaminhado para a vara da Infância e Juventude da comarca e ele sofrerá um procedimento relativo a esse ato praticado", avisou.

E acrescentou: "é importante que a população tenha em mente que não é porque se trata de menor (de idade), que está livre das consequências do ato dele (isso na esfera criminal). E também os pais podem ser acionados também na esfera civil.

Em razão dos danos sofridos, a pessoa pode ingressar com ação indenizatória e os pais são responsáveis pelos atos praticados pelos filhos".