28 de julho | 2019

Balanço da Santa Casa mostra déficit de quase R$ 10 milhões

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O balanço publicado na edição de 24 de julho de 2019 do Diário Oficial do Município (DOM), embora tenha sido aprovado por uma auditoria que ressalta algumas inconsistências, mas apresenta superávit, mostra uma situação preocupante e que fatalmente poderá inviabilizar o único hospital da cidade num futuro próximo se a situação não for corrigida.

A diferença entre receita e custo dos serviços prestados pelo hospital apresenta um déficit de quase R$ 10 milhões, soma que é suprida no balanço por verbas municipais, estaduais e federais que podem ainda não terem sido recebidas e terem apenas sido prometidas.

O valor chega a ser assustador em se levando em consideração que os serviços ‘prestados não cobririam nem 50% do valor gasto pelo hospital para fornecer o próprio serviço.

Está no balanço que em 2018 o hospital gerou com atendimento pelo SUS R$ 4.664.949 contra R$ 3.683.833 em 2017, apresentando aí um crescimento de quase R$ 1 milhão. Com pacientes de convênios R$ 3.284.349, contra R$ 2.772.609 em 2017, crescendo aproximadamente R$ 500 mil. Já com atendimento particular houve um decréscimo de quase R$ 100 mil, passando de R$ 780.715 em 2017 para R$ 668.574 em 2018. No geral, entretanto, a receita de serviços prestados cresceu aproximadamente R$ 1 milhão, passando de R$ 7.7l7.107 em 2017 para R$ 8.325.404 em 2018.

Já o crescimento dos custos operacionais foi vertiginoso de um ano para o outro. No quesito custos dos medicamentos e materiais o aumento foi de 42%; gastou-se R$ 2.694.384 em 2018 contra R$ 1.891.0081 em 2017. Já os custos com pessoal cresceram 40% indo de R$ 6.234.288 em 2017 para R$ 8.784.379 em 2018. Com serviços de terceiros foi registrado o maior aumento, 65%, in­do de R$ 3.802 .449 em 2017 para R$ 6.295.616 em 2018. Totalizando R$ 17.774.379, em 2018 con­tra R$ 11.927.746 em 2017, com crescimento geral de R$ 5.846.633, ou 49%.

O déficit operacional bruto que foi de R$ 4.690.639 em 2017 subiu para R$ 9.448.915, com aumento de R$ 4.758.276, ou seja, 101% de aumento, mais que dobrando de um ano para o outro. O pior, é que para justificar o superávit, o balanço coloca como receitas, subvenções dos governos estadual, federal e municipal que, pelo que se depreende, não teriam sido recebidas no ano em questão e nem existe a garantia de recebimento no atual.

 

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