25 de janeiro | 2016

Avó acredita que morte de neto foi um acidente enquanto brincava

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Mesmo com a Polícia Civil trabalhando com a hipótese de homicídio, para Lucineia Aparecida Bento, de 49 anos de idade, que reside na Rua Francisco Inácio Pimenta, no Jardim Cecap, na zona leste de Olímpia, a morte de seu neto, Augusto Gabriel de Campos, de 9 anos, na sexta-feira, dia 22, foi acidental e ocorreu enquanto ele brincava no quintal. O menino foi encontrado com sinais de enforcamento pendurado em uma goiabeira no início da noite.

A afirmação foi feita por ela durante uma entrevista que concedeu a uma emissora de rádio local na manhã de segunda-feira, dia 25.

Ela disse que o menino tinha o hábito de brincar sobre uma betoneira ao lado do pé de goiaba e também de subir no telhado da casa através de uma escada, principalmente para buscar a gata que era dele. “No meu pensamento ele foi brincar. Foi um acidente. A minha ideia é essa”, disse.

De acordo com ela, o menino era uma pessoa normal, inclusive que convivia bem com toda a vizinhança. Naquela tarde, segundo relatou, Augusto brincou bastante no quintal com sua gata e a tartaruga que também possuía, além de ajudá-la na cozinha fazendo café. Viram um pouco de televisão juntos e depois ele saiu para brincar no quintal. “Ele brincava o tempo todo. Ele não ficava parado”, afirmou.

Contou também que em determinado momento ouviu uma criança gritando e, embora com o problema que tem na perna até saiu para ver se era o menino, mas disse que viu outro menino do outro lado da avenida. Mesmo assim, conta que a betoneira fica entre o local onde ela estava e a goiabeira onde Augusto foi encontrado pendurado pelo pescoço. No entanto, diz que não conseguiu vê-lo.

AVERIGUADO COMO SUSPEITO

Já a respeito de seu ex-namorado, o servente CDC, de 39 anos, morador da Rua Cláudia Ledesma Miessa, no Jardim Miessa, na zona norte da cidade, ela contou que ele esteve em sua casa tanto na quinta-feira, dia 21, quanto no dia da morte do menino.

“Ele (Claudinei) foi lá. Fazia meses já que eu não o via. Eu tive um relacionamento com ele, mas fazia meses que eu não o via porque ele dizia que estava viajando, trabalhando fora. Ele foi lá na quinta-feira, conversou um pouco e foi embora. Na sexta-feira ele foi de novo. Eu estava deitada, mas saí na área e conversamos um pouco”.

Segundo ela, depois de conversas amenas e variadas pediu a Claudinei que não voltasse mais. “Ele concordou e falou que ia embora. Pegou a bicicleta dele e foi embora”. Em seguida, afirmou que não chegou a ver se ele retornou ou não à sua casa. “Eu não o vi voltar de jeito nenhum”, enfatizou.

Sobre a corda encontrada em volta do pescoço do neto, ela não soube informar, mas disse que a mesma estava lá há muito tempo e que teria sido colocado por Claudinei. “Se não me falha a memória quem colocou para as crianças brincarem foi o Claudinei, meu ex-namorado, porque ele era quem cuidava sempre do quintal”, acrescentou.

POLÍCIA CIVIL

Por outro lado, o delegado Ricardo Afonso Rodrigues, ouviu os vizinhos e parentes do menino na manhã do sábado, dia 23, e pediu mais exames periciais do local. Já o investigador Emerson Amin disse ao Diário da Região de São José do Rio Preto que a polícia trabalha com a hipótese de homicídio. “Todos falam que era uma criança ativa e alegre. Se ele estivesse brincando, poderia ter se levantado e evitado o enforcamento, já que os joelhos de Augusto estavam encostados no chão”, diz.

A polícia não trabalha com a tese de suicídio porque a corda não estava totalmente esticada, o que também inviabilizaria o enforcamento. “Estamos ouvindo vizinhos, parentes e todos que podem estar envolvidos, mas até agora não chegamos a uma conclusão, mas temos um suspeito”, diz o investigador.

ENCONTRO DO CORPO

O corpo de Augusto foi encontrado por um conhecido da família, o autônomo Jeferson Luís Domingos, 25 anos, por volta das 18h30. Ele tinha ido à casa da avó da vítima para receber por um aparelho que havia vendido para uma filha de Lucinéia Aparecida Bento, 49 anos. À polícia, ele disse em depoimento, que costuma entrar na casa pela porta dos fundos, o que foi confirmado por Lucinéia.

Assim que viu o garoto, Domingos gritou para que a mulher ligasse para o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), pegou uma faca e cortou a corda.

Mesmo tendo notado que não havia mais sinais vitais, tentou fazer massagem cardíaca para reanimar a vítima. O SAMU levou o garoto até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas ele já chegou morto.

O corpo dele foi enterrado no final da tarde de sábado, no Cemitério Municipal São José. A Polícia Militar informou que o menino morava com a avó porque a mãe dele morreu há três anos. A polícia diz ainda que o garoto não teria problemas psicológicos.

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