06 de maio | 2011

Avião que estaria a serviço da usina aterroriza moradores com voos rasantes

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Além da queima da palha da
cana-de-açúcar, que produz o famoso “carvãozinho da cana”, outra preocupação
começa a fazer parte do cotidiano do olimpiense. São o voos rasantes de um
avião que seria usado para a pulverização da lavoura. Desta feita são os moradores
da zona oeste de Olímpia, a se verem preocupados com a baixa altitude que o
aparelho sobrevoava.

Mais uma vez o fato foi
tornado público pelo radialista Walter Carucce, que notou as manobras do avião,
na tarde da quarta-feira, dia 4, por volta das 17 horas. “Eu fiquei preocupado.
Acho que isso pode não dar certo”, comentou.

Mas desta vez, Carucce foi
acompanhado por diversos ouvintes da emissora que também comentaram e
reclamaram. A situação foi vista pela ouvinte que se identificou como Edna, que
reside no centro. “Não é a primeira vez que acontece isso. Ele estava baixo
mesmo”, disse.

Luiz Carlos, do Jardim Silva
Mello, relata que o avião passava tão baixo que dava para ver o piloto dentro
do avião. “Foi rasante mesmo e por bastante tempo. Várias voltas. Por perto do
córrego do Matadouro dava rasantes mais baixos ainda”, informou.

João da Silva Mello conta que
também viu, mas que o avião estava pulverizando uma plantação de
cana-de-açúcar. “O pessoal fica com medo, porque eles andam bem baixo mesmo”,
explicou.

Regina, que reside no Jardim
Álvaro Brito afirmou: “Fiquei com medo de que caísse sobre minha casa. Minha
casa é bem alta e fiquei com medo porque passou bem perto do telhado”.

“O piloto é meu vizinho”

“O piloto é meu vizinho”,
afirmou o ouvinte Fernando, que reside no Jardim Tropical I: “mora na mesma rua
que eu, cerca de quatro casas para baixo. Ele faz gracinha. Ele põe o filho que
tem 7 ou 8 anos e passa com o avião virado, com uma asa para baixo, quase
batendo nas casas”.

“Ele faz gracinha para a
mulher. Ontem ele deu sete ou oito rasantes em cima de nossas casas aqui. A
esposa dele foi avisada e falou que ele já caiu duas vezes com avião e que
passa por baixo de fios na usina e que não tem problema não”, reforçou.

Mas foi o ouvinte José Julio,
que reside no Jardim Hélio Casarini, conhecido por COHAB III, que aventou a
possibilidade do avião estar a serviço da usina: “acredito que nesta época do
ano a usina passa veneno para adiantar a safra, ou seja, para amadurecer a
cana-de-açúcar com mais rapidez e antecipar o corte”.

Porém, depois de contar que
já trabalhou nessa área em Goiás, passando veneno na soja, explicou detalhes
com o objetivo de diminuir a preocupação dos moradores, principalmente da
periferia da cidade, que mantém vizinhança ou apenas proximidade, com
plantações de cana-de-açúcar.

A gente sinalizava com
bandeira e realmente passam baixo para poder jogar o produto. Não tem como esse
voo ser alto. Às vezes o canavial é perto da cidade e para fazer o contorno,
não tem como evitar. Mas tem o engenheiro, que acredito seja da usina, que deve
checar tudo na área e no percurso que o avião vai fazer. Mas é bastante seguro.
Nós ficavamos com as bandeiras e eles passavam cerca de 10 a 13 metros acima da gente,
mas era na lavoura, não era na cidade. Mas às vezes acontece de cair algum”,
contou.

Já a ouvinte Maria, moradora do Jardim Menina-Moça, também afirmou que a
aeronave trabalha para a usina: “nesse exato momento (final da manhã da
quinta-feira) ele está passando por aqui. Só que esse avião é da usina. Está
passando veneno na cana, uma cana nova que tem aqui em cima”.

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