De acordo com o administrador Valter José Trindade, superintendente geral do DAEMO (Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia), a autarquia está sofrendo algumas transformações, principalmente com a finalidade de dar mais segurança, inclusive, aos funcionários. Ele explica que o risco de um assalto, em razão da movimentação financeira, é bastante grande.

Justificou, ainda, que para continuar da forma como está teria que implantar uma porta giratória, nos moldes das agências bancárias, contratar seguranças especializados e, também um carro-forte para recolher o dinheiro, situações que gerariam despesa grande para a autarquia.

Além disso, não há problema maior no consumidor se dirigir até uma agência bancária ou mesmo casa lotérica da cidade, para pagar sua conta de consumo de água. Mesmo porque, não haverá nenhum taxa adicional para tanto. "A pessoa tem a conta de luz que vai pagar no banco, então ele já paga a conta de água lá", acrescentou.

Aliás, uma alteração na forma de recebimento das contas já era dita como necessária, desde o início do mês de julho de 2005, pelo então superintende geral, engenheiro Luiz Martim Junqueira. Na ocasião, um ladrão armado de um revólver assaltou um funcionário do DAEMO, levando a quantia de aproximadamente R$ 31 mil, quando se dirigia a uma das agências bancárias da cidade para fazer o depósito na conta da autarquia, do valor recebido no caixa.

Além da situação de segurança a quem freqüenta a autarquia, Trindade explicou a mudança de endereço do DAEMO, que deverá ser transferido totalmente para a Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada no Jardim Toledo, zona sudoeste da cidade, para o aproveitamento do prédio localizado na Praça Rui Barbosa para instalação de secretarias que ainda exigem pagamentos de aluguéis.

Investimentos

De acordo com Trindade, o DAEMO tem capacidade para investir cerca de um milhão de reais por ano, mas as necessidades exigem investimentos de, aproximadamente, R$ 20 milhões. Esse valor, explica, exige bastante trabalho. A meta é elevar a qualidade do atendimento e a confiabilidade no fornecimento de água e na coleta de esgoto. "O prefeito quer uma coisa consistente", afirmou.

No entanto, avisa que vai priorizar as necessidades. "Vamos investir quatro milhões, agora, de imediato, e vamos priorizar aquilo que é mais necessário", disse. Trindade cita como exemplo, a reforma da ETA e também da Estação de Tratamento de Esgotos do Córrego dos Pretos, que está totalmente saturada, que atualmente trata cerca de 20% do volume coletado na cidade.

Colapso

Por outro lado, reforça que é necessário se preocupar com a ETA que já casos de vazamento. "Isso é crítico porque ela pode romper se não tiver uma interferência rápida. Estou discutindo com o Amaury (secretário de Planejamento) e ele está propondo fazer um projeto rápido para melhorar. Realmente, se acontecer um rompimento da ETA, o centro (da cidade) vai ficar sem água por quatro, cinco meses até recuperar. Aí dá um colapso no sistema mesmo. Mas estamos trabalhando para realizar essa reforma rápido, dentro de três ou quatro meses deve estar pronta. O DAEMO tem recursos para fazer isso e vamos direcionar toda a nossa capacidade técnica para isso", informou.