O ator Paulo Goulart, membro da família Miessa de Olímpia, morreu na manhã de quinta-feira, dia 13, aos 81 anos de idade. Ele estava internado em um hospital de São Paulo. No final de 2013, ele havia sido internado para tratamento de um câncer na região dos pulmões, dois anos após ser tratado por um câncer nos rins.

Embora nascido em Ribeirão Preto, Paulo Miessa, que depois virou Paulo Goulart no mundo artístico, começou sua carreira no rádio em Olímpia, quando seu pai fundou uma emissora na cidade. Na emissora ele trabalhou como DJ, operador de som e locutor.

Porém, estudou química, pois queria ter um “ofício” – rádio, afinal, “ainda que fosse uma enorme coqueluche, não era considerada uma profissão”. Foi o rádio, no entanto, que abriu as portas para o trabalho como ator.

Nos anos 50, ao mudar para São Paulo, fez um teste para ser locutor da Rádio Tupi. Não passou, mas acabou sendo contratado por Oduvaldo Vianna como rádio-ator, iniciando a carreira artística.

Toda a carreira de Goulart, desde o início, na TV Tupi, foi marcada pela atuação na televisão. Mas ele também se dedicou igualmente ao teatro, participando de montagens históricas, como a encenação, em 1956, no Rio, de Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, onde contracenaria com Nicette Bruno, sua futura mulher.

No cinema, foi dirigido por nomes como Nelson Pereira dos Santos (Rio Zona Norte) e Guel Arraes (Auto da Compadecida).