Da redação com TVTem

Centenas de alunos da Escola Estadual Capitão Narciso Bertolino se juntaram à campanha que é realizada há 28 anos, pelo comerciante Deusivaldo dos Santos, conhecido popularmente por Deusi (foto acima) , para arrecadar alimentos e roupas para os moradores mais carentes da região do Vale do Jequitinhonha, no Estado de Minas Gerais, que passam por muitas necessidades. A saída da caravana para levar as doações está prevista para a semana que vem.

Neste ano todo, principalmente, aproximadamente 320 alunos da escola trabalharam para ajudar na arrecadação, inclusive comercializando uma camiseta confeccionada que, está diretamente relacionada à campanha.

“Buscamos parceria para mostrar para nossos alunos bons exemplos de vidas que ajudam, que são solidárias, que se preocupam com o outro. É isso que é importante na educação dos nossos alunos”, explica a professora Maria Aparecida Pereira, durante a reportagem elaborada pela jornalista Monize Poiani.

O trabalho realizado praticamente nos 366 dias deste ano foi autorizado pela direção da escola: “De bairro em bairro, casa em casa, na cidade inteira. Um mutirão. A gente pediu autorização da escola para a gente poder fazer esse mu­tirão”, explica o aluno André Luiz Mendes Júnior.

As próprias crianças confeccionam e vendem camisetas para ajudar na arrecadação. “É maravilhoso quando chegam alimentos, roupas. A gente montar os kits. Na hora de colocar no caminhão. É uma sensação muito boa para todos nós que estamos contribuindo”, afirma a aluna Heloísa Constâncio.

Esse será o 29.º ano que o trabalho e a distribuição dos produtos será acompanhada de perto pelo voluntário Benedito Donizete Torres. “Antigamente eu era um dos motoristas. Hoje não sou mais, mas vou para ajudar a fazer a distribuição”, conta o voluntário Benedito Donizete Torres, que há 29 anos acompanha o comerciante.

No ano passado, por exemplo, ele arrecadou e distribuiu 56 toneladas de produtos entre alimentos, brinquedos e roupas. O motivo da ação, segundo conta Deusivaldo, é dar “solidariedade às pessoas carentes. Então, eu ganho aqui e vou distribuir lá”.

“Aqui tem desde alimentos, roupas. Brinquedos, calçados, chuteiras. Aí vai encontrando de tudo. Casa sacola dessa que a gente abre é emoção, porque é tanta coisa que tem. Eu não sei o que tem”, acrescenta o comerciante bastante emocionado.

Sobre a participação dos alunos Deusivaldo comentou: “é a sementinha sendo geminada porque umas crianças maravilhosas dessas aqui é sinal que a semente está geminando. Quem sabe um dia elas possam também estar distribuindo comigo”. Mas ao ser perguntado se esse era um sonho dele, o comerciante sintetizou: “é uma realidade”.