25 de agosto | 2019

Alessandra Bueno respondendo para polícia se é terrorista islâmica vira o “bafão” da semana

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O grande “bafão”, que teve intensa repercussão durante toda semana foi a notícia veiculada na terça-feira, 20, no programa Cidade em Destaque, pelo Facebook, pelo Youtube e pela rádio Cidade, 98,7 Mhz, noticiando o interrogatório a que foi submetida a “digital influencer” Alessandra Bueno (foto), na delegacia de Polícia de Olímpia, quando foi inquirida, entre outras coisas, se pertenceria a uma organização criminosa islâmica.

Ela contou tudo em meio a muitas gargalhadas numa “live” pelo “Face” que fez na manhã daquele dia e que foi reproduzida no programa de rádio e noticiado no site desta Folha em www. ifolha .com.br, que o vereador e presidente da Câmara, Antônio Delomodarme, teria registrado a queixa contra ela após esta ter gravado um vídeo, durante a realização do Festival do Folclore, onde falava até que, quando foi funcionária do vereador na Associação dos Funcionários Públicos, teria sido obrigada a lavar suas cuecas.

“PRINTS ISLÂMICOS”

No B.O., onde teriam sido anexados prints em que Alessandra postou fotos no “Face” com o rosto mascarado e com vestimenta parecida com a usada pelas mulheres islâmicas, a chamada burca, com texto ironi­zando o embate com o vereador.

Estas reproduções da internet teriam gerado a pergunta sobre se ela poderia pertencer a uma organização criminosa islâ­mica. A Folha da Região e nem a Rádio Cidade tiveram acesso ao Boletim de Ocorrência registrado pelo vereador, pois na delegacia de polícia local, funcionários se recusaram a fornecer cópia do documento ou dar maiores informações sobre o assunto.

Na ocasião em que tudo se originou, a digital influencer teria reagido a uma outra “live” feita por seguidores de Niquinha que teriam colocado uma mulher para “detonar” Alessandra que teria divulgado o acidente ocorrido no parque de diversões instalado no Recinto do Folclore durante o 55º Fefol, onde Niquinha iria promover um “Dia de Graça” para as crianças de Olímpia para viabilizar uma lei que fez aprovar em 2017. No site da Folha, em w w w . i  f o l h a . com.br o leitor poderá assistir ao vídeo do programa e também a “live” feita pela comerciante.

O QUE DISSE ALESSANDRA

No vídeo que a comerciante publicou no “Facebook”, com seu jeito simples e debochado de se manifestar ela contou o ocorrido: ”Ai, como eu sofro Brasil, mas tem hora que na minha “sofrência” eu racho de rir. Amores, hoje eu fui lá na Delegacia prestar depoimento (…). O senhor Niquinha tinha falado lá no depoimento dele (risos). Vocês não vão acreditar o que me perguntaram lá, tá. Ele deu parte de mim porque eu fiz “live” denegrindo a imagem da criatura. A criatura mexe, a criatura mexe e depois eu que sou errada. Foi tipo assim, né, ele quis dar parte em mim para eu parar de ficar falando e fazendo “live” denegrindo a imagem dele, tipo uma repressão, né”.

E continuou: “Aí, meus amores, foi demais (risos). Sabe o que me perguntaram, gente? Se eu pertencia a alguma organização terrorista (risos), se eu pertencia a alguma organização terrorista islâmica (risos). Mas gente, nós rolamos de tanto que nós rimos. Ô, seu Niquinha, pelo amor de Deus, o senhor tem tempo, né querido? Se eu era mulher bomba (risos). Olha cada coisa, gente. Vocês acreditam nisso, meu povo lindo? Eu tô passada. Eu tô passada, Brasil. Gente, eu não sou terrorista, não pertenço a nenhuma organização terrorista no Brasil e nem no mundo (risos). Ai, gente, olha, vocês não têm o que fazer não? Ah, tá, outra coisa”. 

E complementou: “Também tá lá, tipo assim, quis dizer que eu faço “live” denegrindo a imagem dele porque eu pertenço a oposição. Amores, como é que eu vou ser oposição se nem em partido tô filiada, se nem partido eu tenho. Para de passar vergonha, seu Niquinha. Vai lá hoje dar parte de mim de novo? Porque, tipo assim, se eu falar da pessoa ele vai lá dar parte. Como eu falei ontem, então quer dizer que hoje ele vai lá dar parte. Agora eu tô fazendo uma “live” agora contando para vocês a terrorista da Al Qaeda, islâmica né (risos). Então aí vai lá dar parte de mim de novo. Ai, gente, pelo amor de Deus. Tem tanta coisa aí, gente, na Delegacia, o delegado tem tanto trabalho para fazer, o juiz tem tanto trabalho para fazer, meu querido, a promotoria tem tanta coisa para fazer do que ficar com essas picuinhas aí, meu querido”.

E concluiu: “Isso aqui vai ser motivo de gozação, seu Niquinha, o senhor virou chacota, seu Niquinha. Não tinha um que não ria das barbaridades. Ai, pelo amor de Deus. Vai cuidar da população. Como eu sofro, Brasil, como eu sofro. Beijo, gente, era isso daí olha isso daí. Mulher-bomba tá metendo o terror em Olímpia”.

Niquinha acredita que pergunta sobre terrorismo
a Alessandra foi gerada por postagem no “Face”

O vereador e presidente da Câmara Municipal de Olímpia, Antonio Delo­mo­darme (foto), explicou na quinta-feira, 22, que registrou o Boletim de Ocorrência na delegacia de Polícia local para investigar crimes contra a honra de difamação e injúria e não a participação da comerciante em organizações criminosas. Ele acredita que a pergunta deva ter sido feita para Alessan­dra em razão de ele ter anexado ao Boletim de Ocorrência vários vídeos em que ela teria denegrido a imagem do vereador e “prints” de manifestações dela no Facebook.

“Em uma delas, em que tinha uma foto vestida com um lenço cobrindo a cara (a chamada burca) ela falava que era terrorista bancada pelo Afeganis­tão e outros países e que seus advogados também eram”.

O vereador justificou a sua atitude dizendo que não poderia deixar o episódio passar em branco, pois teria se sentido muito ofendido pessoalmente pelas palavras da comerciante.

As explicações do vereador se deram em razão da repercussão alcançada pela notícia veiculada no programa “Cidade em Destaque” que é transmitido de segunda a sexta-feira, pelo Facebook, Youtube e pela Rádio Cidade FM 98,7 Mhz, que o Niquinha teria registrado um Boletim de Ocorrências por difamação e injúria recentemente na Delegacia de Polícia de Olímpia (nem esta Folha e nem a Rádio Cidade tiveram acesso ao documento que foi negado na delegacia de polícia local) e, em razão disso, a comerciante Alessandra Bueno teria sido ouvida pela polícia que teria perguntado a ela se pertenceria a uma organização criminosa islâmica.

 

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