20 de setembro | 2010

Advogados vão representar contra policiais que prenderam “Ferrugem”

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Os resultados das radiografias realizadas no comerciante Carlos Humberto Morandi, o “Ferrugem” (foto), de 42 anos, constataram fraturas em seus costelas. Ele está internado na Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, desde a última terça-feira, dia 14, e deverá permanecer no hospital pelo menos mais duas semanas.

Os advogados Anderson Ferreira Braga e Tatiana Silva Gerolim deverão representar contra os policiais que realizaram a detenção do comerciante.


O advogado Braga declarou que requisitará a juntada dos resultados das radiografias no inquérito policial, que ainda não foi concluído pela Polícia Civil. Posteriormente, o advogado declarou que deverá representar contra os policiais que efetuaram a  detenção do comerciante “Ferrugem”.


Comentou o advogado, que “houve excesso na ação dos policiais, que realizaram três descargas elétricas no seu cliente, com a pistola Taser”.


Segundo Braga, seu cliente informou que teria sido agredido pelos policiais e, com isso, causado as fraturas em suas costelas.


Já nos meios policiais, argumenta-se, que na sexta-feira, dia 10, quando “Ferrugem” foi preso ele foi medicado na Santa Casa de Olímpia, onde também teria sido realizado exame de corpo-de-delito e não teriam sido constatadas as fraturas.


Com isso, é colocada a possibilidade do comerciante olimpiense ter sido agredido pelos presidiários no período que permaneceu encarcerado na cadeia pública de Severínia.


Sobre esta possibilidade o delegado Cezar Aparecido Martins, diretor da cadeia de Severínia, declarou que pode garantir que naquele presídio “Ferrugem” não foi agredido. Contou que ele já chegou com várias escoriações.


Quanto ao exame de corpo-de-delito, que deveria ser entregue naquela cadeia na chegada do preso, não aconteceu. “A Santa Casa ficou de enviar depois, mas até agora (ontem a tarde, dia 17) não chegou”, informou o delegado de Severínia.


Já no hospital olimpiense o gerente Mário não foi encontrado ontem à tarde (dia 17) para falar sobre o resultado do exame e ninguém sabia informar.


NEGADA A LIBERDADE PROVISÓRIA

Por outro lado, o advogado informou que entrou no TJ-Tribunal de Justiça de São Paulo, com pedido de Habeas Corpus, para tentar colocar “Ferrugem” em liberdade. Ele aguarda um decisão para a próxima sexta-feira, dia 24.

Em Olímpia, a juíza da 1ª Vara Criminal, Adriana Bandeira, negou o pedido de liberdade provisória impetrado pelos advogados Braga e Gerolim. Ela fundamentou, entre outras coisas, que “Ferrugem”, estava comercializando munições em Olímpia.


Por sua vez, na última terça-feira, dia 14, o comerciante “Ferrugem”, foi ouvido pelo delegado João Brocanelo Neto, que preside o inquérito policial. Entre outras coisas, ele declarou que três armas encontradas em sua casa ele ganhou de seu pai e guarda como relíquia. Outras quatro armas comprou de um senhor já falecido. Dois revólveres adquiriu na antiga loja de Olímpia, Castro Armas, como também parte das munições. O recarregador de munições declarou que comprou em um ferro velho há mais de 15 anos.


“Ferrugem”, também negou que vendia ou trocava por drogas as munições, que recarregava e, ainda, que ele seja dependente de crack. Admitiu, porém, que já fez uso de maconha. O comerciante continua preso. No entanto, está internado na Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, em razão das fraturas nas costelas, onde deverá permanecer, pelo menos, mais duas semanas.

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