Os policiais fizeram o flagrante em conjunto com o Conselho Tutelar de Olímpia
que investigava uma informação de que dois menores estavam consumindo cocaína
dentro de uma escola estadual.

Durante depoimento, os alunos disseram aos conselheiros que mantinham relações
sexuais com o traficante, um adolescente de 16 anos de idade.

Os irmãos têm 15 e 10 anos e frequentam a Escola Estadual Dr. Eloy Lopes
Ferraz, no distrito de Baguaçu, município de Olímpia.

Um deles, que tem 15 anos, depois de confirmar que mantinha relações sexuais
com o traficante, afirmou que em troca recebia a droga (cocaína), também de
acordo com esse menor, quase todos os dias.

Na escola ninguém teria percebido nada diferente. Tanto a pratica sexual, quando
o uso da droga, acontecia em um banheiro, no interior da própria escola. “Ele
falava que era bom (a droga)”, relatou o menino de 10 anos.

Consta no boletim de ocorrência registrado na DDM (Delegacia de Defesa da
Mulher), que também cuida de crimes e agressões praticadas contra menores de
idade, independente do sexo, que o traficante ficava na praça, em frente à
escola oferecendo droga para os alunos.

Durante o período de intervalo, ele atravessava a rua e pulava o muro da
escola.

O caso foi denunciado ao Conselho Tutelar de Olímpia que, numa operação em
conjunto com a Polícia Militar, flagrou o adolescente que praticava o tráfico
de drogas.

“Nós montamos uma operação e conseguimos obter êxito em pegar esse adolescente
que estaria fazendo o abuso nessa criança e nesse adolescente”, comentou o
conselheiro, Rodrigo Maceno.

Uma situação que é considerada estranha para os conselheiros tutelares. Casos
como esse de tráfico com abuso sexual em menores, têm causado bastante
preocupação.

“Autuei por tráfico, pedi a internação dele e ele foi autuado também por
estupro de vulnerável (caso do menino de 10 anos), que o menor não pratica
crime, ele pratica infração, foi autuado e vai ser internado na Fundação Casa.
Vai ser retirado da sociedade”, informou.

Vendramel chamou ainda a atenção dos pais para que fiquem sempre alertas para
evitar o crime.

“Como vamos imaginar uma coisa dessas dentro da escola ou mesmo fora da escola.
A gente tem que orientar muito os filhos, crianças e adolescentes, para fugirem
da droga. Esse é um caminho sem volta”, reforçou.

A mãe dos menores, que também concedeu entrevista à rede Record, disse que
espera que seus filhos se recuperem do vício da droga. “Estou doente, tenho
problema de coração, estou bastante abalada e muito triste. O mundo acabou”,
reclamou.