18 de maio | 2008

Acusado de matar casal pode ser indiciado por prática de latrocínio

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 Existe a possibilidade de Nielson Rodrigo do Carmo (foto ao lado), de 28 anos, ser indiciado pela prática de latrocínio (roubo seguido de morte) contra o casal Olício Borges Vilela, de 56 anos e Teresinha Vicente Borges, de 52 anos, na estância Santa Luzia. A família informou à polícia o desaparecimento de R$ 400 em dinheiro, pertencente ao casal.

O inquérito policial está correndo no 1º Distrito Policial de Olímpia e está sendo presidido pelo delegado Eduardo José Vendramel (foto abaixo). O delegado contou, que a informação do roubo do dinheiro já foi oficialmente passada à polícia pelos familiares. A categoria do crime praticado e indiciamento serão definidos pelo delegado, quando ele relatar o inquérito para enviá-lo ao Ministério Público.

 Segundo o Código Penal Brasileiro, caso seja caracterizado o crime de latrocínio, que culminou com a morte do casal, o acusado, em caso de condenação, poderá ser punido com uma pena de mais de 30 anos de prisão. Também, em se tratando de latrocínio, o julgamento deve ser feito pelo próprio juiz, diferentemente de homicídio doloso, quando o réu é julgado em júri popular.

Quanto ao desaparecimento do dinheiro, informou o filho do casal Alexandre Borges Vilela, que foi percebido pela família apenas no sábado passado, dia 10 de maio, quando uma irmã contou que havia entregue R$ 400 ao pai, para que ele comprasse piso. O dinheiro não mais foi encontrado. Alexandre também afirmou que conhecia o acusado apenas de vista e não mantinha nenhum contato com ele, como chegou a ser afirmado por Nielson.

CONFESSOU E DEPOIS NEGOU
Depois de ter tido sua prisão temporária decretada pela justiça olimpiense, Nielson Rodrigo do Carmo, foi preso no final da tarde de sábado, em uma operação realizada pelas policias civil e militar de Olímpia, quando ele encontrava-se na casa de sua mãe na rua da Mangueira, na Cohab II.

Na delegacia de polícia de Olímpia, o acusado chegou a confessar a prática do crime, fornecendo riqueza de detalhes. No entanto, logo depois, com a chegada do advogado Paulo Roberto Baraldi, Nielson se recusou a assinar o depoimento e voltou a negar o crime. Ele justificou a confissão, alegando que temia ser agredido pelos policiais.

Por outro lado, como principal prova do envolvimento de Nielson com o crime, a polícia tem o depoimento do seu primo (Fernando), que emprestou a motocicleta para ele e a recebeu suja de sangue. A moto, em seguida, foi lavada. As marretas utilizadas no crime, um capacete e roupas, serão submetidos a perícia em São Paulo, com o objetivo de encontrar impressões digitais e sangue.

SEGUNDO PARTICIPANTE
A polícia civil de Olímpia ainda trabalha com a possibilidade de um segundo elemento ter participado do crime. Esta suspeita aumentou com uma denúncia anônima que informava que um outro detento do IPA – Instituto Penal Agrícola de Rio Preto, que também estava em liberdade, beneficiado pelo Indulto do Dia das Mães, também teria participado do assassinado do casal. Esta possibilidade deverá ser "checada" na próxima segunda-feira.

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