26 de março | 2012

Açougueiro nega assassinato e diz que mulher puxou sua mão com a faca contra o peito e se matou

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DO BALANÇO GERAL
RECORD RIO PRETO
O açougueiro Genilson Fernandes de Souza, vulgo Terrinha, de 35 anos de idade, que foi preso em flagrante no início da manhã da segunda-feira, dia 26, pela Polícia Militar, acusado de matar sua esposa Leonice Fernandes, de 34 anos, com um golpe de faca no coração, no primeiro homicídio de 2012, ouvido pela repórter do programa Balanço Geral da TV Record de Rio Preto, Helena Brite, negou o assassinato e disse que a própria mulher se matou puxando sua mão com a faca contra o peito.

A repórter contou que o casal vivia junto há 19 anos e a vítima deixa três filhos, o mais velho, um adolescente de 14, que presenciou a última discussão dos pais e disse em depoimento ao delegado que tentou impedir a morte da mãe, mas foi impossível.

Leonice Fernandes morreu na Santa Casa onde foi socorrida. Segundo o delegado João Brocanello Neto, quando o filho do casal percebeu a briga, logo que a mãe recebeu a primeira facada, se dirigiu até o local onde os dois estavam e, na sequencia, afirmou que o pai ia dar uma outra facada quando o empurrou. “O pai acho que tomou consciência dos fatos e saiu correndo, abandonando o local”, destacou.

Genilson foi levado para a delegacia de Polícia de Olímpia onde foi ouvido pela repórter da TV Record, negando ter cometido o crime. “Não. Eu num fiz. Eu fui lá, quando o rapaz ligou e falei pra ela. Por quê você tá me traindo? Eu não to merecendo. Aí eu peguei uma faca e falei, eu vou te matar por causa disso. E como ela tá com depressão, ela puxou a minha mão duas vezes contra o peito dela”, afirmou.

Ainda segundo a reportagem, o filho do casal, de 14 anos, contradiz a versão do pai. E contou ao delegado que presenciou a briga que aconteceu durante a madrugada e que foi sim o próprio pai quem desferiu os golpes de faca contra a mãe. Na segunda tentativa que Genilson teve de agredir a mulher, o filho teria impedido que ela ficasse ainda mais machucada.

Uma sobrinha da vítima, Angélica Stefanini, ouvida pela Record, disse que o comportamento agressivo do açougueiro já é uma coisa muito antiga e que o relacionamento deles já estava desgastado e já era bastante conturbado. “Eles brigavam demais da conta. A gente presenciou muito isso. Ela falava que ele sempre ameaçou ela, batia; ele usava, mexia com drogas; perto das crianças, eles presenciavam tudo”, afirmou.

O delegado João Brocanello Neto, disse ainda na reportagem que “infelizmente nós vivemos num país muito machista em que o homem ainda acredita que tem todo o domínio sobre a mulher, sobre a família, então, deveria ter mais respeito e menos egoísmo nesta situação. Nesse fato aqui, por exemplo, serão três crianças que serão criadas pela família, sem amor, sem carinho e sem perspectiva de futuro, porque, afinal de contas perdeu o pai e perdeu a mãe”.

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