11 de outubro | 2022

Os encantos que só o Jalapão tem

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Ponte Alta do Tocantins é considerada o portão de entrada do Jalapão. O nome da cidade está associado ao Rio Ponte Alta que nasce nas veredas da serra, chegando já volumoso no ponto em que corta a cidade / Divulgação

Localizado no leste de Tocantins, o Jalapão é um verdadeiro oásis perdido no meio do cerrado. Seu nome se origina de uma planta muito comum da região: a erva jalapa-do-brasil. O grande atrativo e a melhor maneira de conhecer o Jalapão é fazendo o rafting no Rio Novo, que corta boa parte da região / Divulgação

O Fervedouro é um grande poço de águas cristalinas que forma uma piscina natural de 8 metros diâmetro, onde, devido a grande quantidade de areia misturada a água tornando-a de densidade alta, nenhum corpo afunda dentro dele / Divulgação

O Jalapão é um verdadeiro oásis perdido no meio do cerrado. É possível ver dunas no Jalapão no Km 136 da estrada para Mateiros. Elas chegam a alcançar até 40 m de altura e tem a cor alaranjada, devido a erosão natural dos paredões de arenito, de cor avermelhada, que ficam próximos dali. Do topo das dunas tem-se uma ótima vista da região / Divulgação

A Cachoeira da Velha é formada por duas quedas em forma de ferradura com 25 metros de altura e 100 metros de largura. Seguindo o rio, pode-se tomar banho na deliciosa Prainha da Velha, de areias claras e rodeada de mata por todos os lados / Divulgação

Se você quer uma viagem com muita aventura e emoção, conhecendo as maravilhas da natureza e o melhor, sem sair do país, o destino é o Jalapão. A localização se dá no coração do Brasil. Região conhecida por rios de águas cristalinas, praias, deserto, vegetação do cerrado, pelas joias de capim dourado e por nome Jalapão. A partida da viagem acontece em Palmas, capital do Tocantins, mas é no município de Ponte Alta, a 187 km da capital tocantinense, conhecido como o portal de entrada do Jalapão, que os turistas entram no clima de safári ecológico, afastando-se dos locais mais povoados.

A região do Jalapão é um lugar de descobertas permanentes. Em plena mata de transição entre o cerrado e a caatinga, onde predomina uma vegetação rasteira similar às savanas, surgem cachoeiras, rios de águas cristalinas, corredeiras, grandes chapadas e formações rochosas de cores e formas variadas. Neste cenário, destacam-se dunas de areias douradas, com até 30 metros de altura, o que levou o lugar a ser chamado de deserto do Jalapão. Seria um deserto, se o Jalapão não fosse também um paraíso das águas e um lugar onde a presença de flores e animais exóticos salta aos olhos. Um convite à contemplação e à aventura. Reserve ao menos três dias para esta expedição. Você merece.

No caminho a extensão da vegetação do cerrado é a primeira parada com o início das descobertas do que são os “Encantos do Jalapão”’. No Canyon de Susuapara as poucas gotículas de água que caem do imenso paredão rochoso refrescam os turistas, em seu primeiro contato com as belezas da região, ainda sem imaginar as que estão por vir.

A viagem segue totalizando 300 km de Palmas ao Jalapão. A canoagem no Rio Novo é um dos desafios que a viagem proporciona aos turistas. Próximo ao município de Mateiros, o quesito oásis jalaponeses são reforçados com o desafio da densidade da areia nas duas nascentes de água da região chamadas de fervedouro. Elas formam uma espécie de piscina que não permite que os banhistas afundem. A sensação de ser empurrado pela areia e ficar flutuando é algo que impressiona a todos. A região se compõe com cachoeiras como a do Formiga, uma pequena queda fascinante aos olhos que qualquer pessoa por sua água cristalina em tom esverdeado que permite ver o fundo deste recanto natural.

Mas nem só de águas se formam os encantos do Jalapão. As atrações são diversas. Em meio às árvores retorcidas do cerrado, em que se escondem aves e outros animais, também é possível encontrar plantas próprias da região como a Jalapa, que gerou o nome Jalapão, e a delicadeza de algumas flores com suas formas, cores e tamanhos distintos.

No meio destas mesmas árvores é possível entrar por uma trilha e de repente se deparar com um belo lago e, mais adiante, com uma imensidão de areia que formam as dunas do Jalapão. Ladeada por um riacho que corre tranquilamente à sua beira, as dunas têm uma coloração alaranjada que reflete ainda mais aquele deserto com os raios no pôr do sol.

Tão agradável quanto às dunas, a vista do mirante da Serra do Espírito Santo é a recompensa pelos 500 metros de subida. Para os amantes da natureza, a indescritível visão do vale que parece ilimitado do alto da serra e suas diversas variedades de plantas do cerrado enchem os olhos tanto quanto a vista da erosão provocada naturalmente pela ação do vento e das chuvas que parecem esculpir a serra, formando um maravilhoso canyon.

Um espetáculo à parte é a visita à Cachoeira da Velha, a maior do Jalapão, com 20 metros de largura. Alimentada pelo Rio Novo, a força da água provoca uma leve garoa nas proximidades do local, deixando o clima agradável. Pouco mais abaixo da cachoeira uma prainha, local excelente para relaxar em harmonia com a natureza.

Outro grande atrativo do local é o conhecido ouro do Tocantins. Os turistas conheceram o capim dourado, planta encontrada somente nesta região na plantação, podendo colher alguns dos fios que são utilizados na confecção de artesanatos, como bolsas, chapéus, pulseiras, brincos, bandejas e outros itens, incluindo algumas joias.

Na associação dos artesãos de Mateiros, todos podem comprar peças e tem a oportunidade para comprar presentes para familiares e amigos.

Maravilhados com tantas belezas os turistas se despendem com espírito de renovação. E o melhor esse pedacinho do paraíso fica no Brasil. Vale a pena conhecer!

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