03 de agosto | 2020

O uso contínuo do celular pode marcar o pescoço

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1- O ato repetitivo de abaixar a cabeça para usar dispositivos móveis provoca o dobramento da pele do pescoço, ocasionando o efeito “Tech Neck” que tem feito muita gente procurar ajuda no consultório dos dermatologistas / GB Imagem

 

2- O celular pode ser o vilão das rugas no pescoço, mas um jeito prático de se evitar isso é usar o aparelho sempre na altura dos olhos. Pode parecer estranho, mas essa é uma maneira de prevenir o aparecimento das indesejáveis marcas / GB Imagem

 

Quase ninguém imagina que isso pode acontecer, mas o fato é que o uso do celular pode causar rugas profundas na pele do pescoço formando um colar cervical.

Pois é. O ato de frequentemente inclinar a cabeça para baixo a fim de olhar e manusear os dispositivos móveis está acelerando o processo de envelhecimento do pescoço, cuja pele é muito mais delicada. Tais movimentos repetitivos formam sulcos como “colares cervicais”.

Que coisa, não? Já não bastavam os radicais livres, efeitos nocivos do sol, tabaco, bebidas alcoólicas; agora o celular também pode ser agente de envelhecimento precoce.

O uso de dispositivos técnicos está acelerando o processo de envelhecimento em uma região difícil de tratar: o pescoço. O problema já tem nome, “Tech Neck”. A pele do pescoço é muito fina, praticamente sem glândulas sebáceas, com espessura próxima a dois milímetros, pouco hidratada e onde há grande movimentação natural pela própria dinâmica da região. A inclinação frequente da cabeça para baixo a fim de olhar o celular, tablet ou outro dispositivo, provoca sinais de envelhecimento mais rápidos. Essa é a explicação de especialistas em rejuvenescimento. Os movimentos musculares do pescoço realizados a todo o instante sejam voluntários como a laterização, extensão, inclinação para baixo ou mesmo na mastigação e fala produzem inicialmente pequenas linhas, que com o passar do tempo vão se acentuando.

O termo tem se tornado uma das novas preocupações, pois o constante dobramento da pele em movimentos repetitivos, característico da era das selfies, tem aumentado a procura por tratamentos preventivos e corretivos das rugas e linhas do pescoço.
Além disso, a área é quase sempre esquecida, mesmo para quem tem o hábito de cuidar do rosto. A própria característica local somada às agressões ambientais como água quente, frio, poluição, ar condicionado, sol, vento e o uso de perfumes contendo álcool e bijuterias podem provocar ainda mais ressecamento, vermelhidão e mudança da textura da região.

Uma dica importante é, mesmo quando mexer nos dispositivos, manter a cabeça em um ângulo de 0 grau e a postura alinhada. O celular deve ser erguido na direção dos olhos. Com relação aos cuidados diários, especialistas indicam o uso de sabonetes neutros ou loções de limpeza à base de ativos calmantes. As loções tônicas vêm na sequência e vão preparar a pele para receber o sérum tensor que pode conter ácido hialurônico de baixo peso molecular, antioxidantes, vitaminas e glicosaminoglicanas, além de substâncias que recuperem a volumetria da região. O protetor solar deve ter FPS 30 no mínimo e ser reaplicado após quatro horas no dia a dia. À noite, a região, após a higienização, pode receber água termal em jatos e após alguns minutos, usar vitamina C na forma de sérum, emulsão ou espuma associada a outras vitaminas como B5, E, F e alfa hidroxiácidos, alternando com nutritivos.  A toxina botulínica (botox) figura entre os procedimentos mais utilizados hoje para tratar as linhas de expressão que formam os colares horizontais. Além disso, tratamentos com lasers também apresentam bons resultados.

Tem ainda o microagulhamento de ouro com radiofrequência associado a Vitamina C, Ácido Hialurônico e Ácido Retinóico. Fale com seu dermatologista.

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