Uma das produções mais esperadas de 2024 na telinha da Globo volta totalmente repaginada, mas sem perder a essência que a consagrou em 1993

Tendo como pano de fundo as plantações de cacau na Bahia, o icônico José Inocêncio é interpretado por Humberto Carrão, na primeira fase do remake. Em 1993 quem deu vida ao personagem foi Leonardo Vieira / Fábio Rocha-RG

Já na segunda fase, quem viverá José Inocêncio será Marcos Palmeira. Na versão original o coronel foi interpretado por Antonio Fagundes / Fábio Rocha-RG

O enredo narra a vida de José Inocêncio (Humberto Carrão/Marcos Palmeira), desde seus pactos iniciais aos pés do jequitibá rei até sua ascensão como um respeitado produtor de cacau na região / Fábio Rocha-RG

A vida pessoal de José Inocêncio (Humberto Carrão/Marcos Palmeira) é marcada por tragédias, como a morte de seu grande amor, Maria Santa (Duda Santos), ao dar à luz João Pedro (Juan Paiva) / Fábio Rocha-RG

A relação entre pai e filho é marcada por indiferença e mágoa ao longo dos anos, apesar da admiração secreta de João Pedro (Juan Paiva) por José Inocêncio (Humberto Carrão/Marcos Palmeira / Fábio Rocha-RG

A chegada de Mariana (Theresa Fonseca) intensifica as emoções, colocando pai e filho em uma complexa situação ao se apaixonarem pela mesma mulher / Divulgação

A icônica novela “Renascer”, transmitida em 1993 pela Rede Globo, deixou sua marca na história televisiva por meio de uma trama envolvente, cenários memoráveis e personagens inesquecíveis. Sob a autoria de Benedito Ruy Barbosa, a narrativa desdobrava-se no interior do Nordeste brasileiro, capturando as agruras e belezas da vida no campo, repleta de elementos de romance, drama e conflitos familiares.

O enredo central gravitava em torno de José Inocêncio, interpretado na época por Antonio Fagundes, um homem ríspido e obstinado, proprietário de terras que enfrentava diversos desafios para manter sua propriedade. Sua relação tumultuada com o filho caçula e a paixão avassaladora por Mariana, uma jovem simples e sonhadora, proporcionavam momentos intensos e emocionantes ao longo da trama.

A narrativa também ressaltava a rica cultura nordestina, com suas tradições, festas populares e crenças religiosas, oferecendo uma imersão na diversidade cultural da região. Além disso, abordava conflitos sociais e políticos, destacando as disparidades econômicas e as lutas pela sobrevivência no sertão.

Para a satisfação dos fãs, que acompanharam a novela há três décadas, a Globo estreia nesta segunda seu remake, sob a autoria de Bruno Luperi, baseada na obra original de seu avô, Benedito Ruy Barbosa.

Os primeiros capítulos têm como cenário inicial Ilhéus, na Bahia, localidade em que a história se desenrola em suas duas fases. Com um olhar renovado sobre personagens e tramas, o remake de “Renascer” mantém-se atemporal, explorando mistérios, dramas, amores, vinganças e lendas. A trama agora traz Humberto Carrão interpretando José Inocêncio na primeira fase e Marcos Palmeira na segunda, delineando a trajetória de um homem obstinado em busca de reconhecimento, marcada por desafios e relações complexas, especialmente com seu filho caçula, João Pedro (Juan Paiva).

Bruno Luperi celebra a oportunidade de reviver essa narrativa profunda, afirmando que “Renascer” e outras obras épicas, como “Pantanal”, permanecem na memória afetiva do público e da televisão. Ele destaca a importância de ressignificar valores ao adaptar as narrativas para os dias atuais.

O enredo narra a vida de José Inocêncio, desde seus pactos iniciais aos pés do jequitibá rei até sua ascensão como um respeitado produtor de cacau na região. No entanto, sua vida pessoal é marcada por tragédias, como a morte de seu grande amor, Maria Santa (Duda Santos), ao dar à luz João Pedro. A chegada de Mariana (Theresa Fonseca) intensifica as emoções, colocando pai e filho em uma complexa situação ao se apaixonarem pela mesma mulher.

Mariana surgirá na casa de Jacutinga (Juliana Paes), que resolve abrigar a jovem forasteira mesmo sem conhecer sua origem. Misteriosa, a moça é de poucas palavras, e o que ninguém imagina até então é que ela é neta de Belarmino (Antonio Calloni), antigo desafeto de José Inocêncio, e de Dona Nena (Quitéria Kelly). Ela chega ao sul da Bahia, com o ímpeto de querer vingar a morte do avô e recuperar as terras que ela acha que tem direito. E quando João Pedro se encanta por ela, Mariana não pensa duas vezes em aceitar o convite do jovem para se mudar para a fazenda Jequitibá-Rei. Perdida e confusa entre os sentimentos que lhe despertam João e o Coronel Inocêncio, ela acaba escolhendo o patriarca. Se por amor ou por vingança, só o tempo irá dizer.

Falando em Jacutinga, a beleza e o charme da moça são conhecidos por todos no vilarejo. Apesar de ser a dona do bordel e comandar com maestria o trabalho de suas meninas: Morena (Uiliana Lima/Ana Cecília Costa), Flor (Julia Lemos) e Juliete (Flávia Barros), Jacutinga também gosta de um “chamego” e Norberto (Matheus Nachtergaele) estará sempre disponível para a amada. Dono da única venda da vila, o principal ponto de encontro da região, Norberto é aquele que sabe das coisas e é sempre bem-informado. Só não conseguirá prever o abandono de seu grande amor, que um dia resolve ir embora sem deixar rastros.

Mas José Inocêncio é o principal personagem de “Renascer” e assim como as sementes de cacau geram raízes na terra, José Inocêncio renasce após sobreviver a uma emboscada, ganhando fama de ser invulnerável à morte. Sua trajetória é marcada por sucessos como produtor de cacau, mas a sombra da perda de Maria Santa persiste, alimentando a revolta contra João Pedro.

A relação entre pai e filho é marcada por indiferença e mágoa ao longo dos anos, apesar da admiração secreta de João Pedro por José Inocêncio.

O remake de “Renascer” promete trazer de volta a saga cativante de José Inocêncio e deverá agradar aos antigos e novos fãs da novela.