04 de setembro | 2017
Encare a menopausa com naturalidade
Ela é natural, mas ainda sim, muito temida pelas mulheres, principalmente por causa do preconceito que elas mesmas criaram. As mulheres não deveriam ter vergonha da menopausa.
A menopausa marca o início de uma nova e excelente fase, mas as ondas de calor, suores noturnos, alterações de humor, cansaço e outros incômodos podem fazer dessa etapa uma das fases mais difíceis da vida, tanto em termos emocionais quanto físicos. O que não impede as mulheres de serem felizes também durante a fase da menopausa.
A questão tem ainda mais importância com o aumento da expectativa de vida: atualmente, considerando que a última menstruação ocorre por volta dos 50 anos, um terço da vida da mulher acontece depois da menopausa. E é preciso garantir que essa longa etapa seja percorrida com o máximo de saúde e qualidade.
Embora o termo "menopausa" tenha sido criado para designar a última menstruação (a primeira é chamada "menarca"), hoje em dia as pessoas chamam de menopausa todo o período de mudanças no organismo feminino, desde as primeiras alterações hormonais até a última menstruação.
Já os médicos chamam esse período de "climatério", que é a transição da fase reprodutiva, que começa com a menarca e termina com a menopausa, para a não reprodutiva, em que os ovários deixam de funcionar.
Essa transição acontece quando acabam os óvulos que toda mulher traz desde o nascimento e que são liberados a cada ciclo menstrual. Sua principal característica é a diminuição da produção dos hormônios estrógeno e progesterona pelos ovários, até a parada completa.
A diminuição dos níveis hormonais atinge todas as mulheres e começa por volta dos 40 anos. Já a menopausa (última menstruação) ocorre entre os 48 e 55 anos (o mais comum é aos 51). Quando ocorre em mulheres com menos de 40 anos é chamada de menopausa prematura. Não há como precisar ou definir quando ocorrerá a menopausa.
O estrogênio é o hormônio básico da mulher. Sua produção começa na adolescência, quando é responsável pelo aparecimento dos sinais sexuais secundários, como pelos púbicos, formas arredondadas do corpo etc, e vai até a menopausa.
O estrogênio está envolvido em diversas funções e características do organismo, como textura da pele e da vagina, distribuição de gordura no corpo, equilíbrio das gorduras no sangue (colesterol), fixação de cálcio nos ossos, autoestima e memória.
Assim, embora algumas mulheres passem pelo climatério sem grandes transtornos ou até sem sentir nada, outras podem sofrer com irregularidade dos ciclos menstruais; ondas de calor, vermelhidão súbita na face e no tronco, sensação intensa de calor no corpo e transpiração excessiva, sentidas por cerca de 80% das mulheres no climatério. Podem aparecer a qualquer hora e muitas vezes são tão desagradáveis que chegam a interferir nas atividades do dia-a-dia; suor noturno; diminuição do desejo sexual: em geral causado pela reação negativa da mulher às mudanças; a vagina sofre alterações: fica mais estreita e curta, perde a elasticidade e o tecido fica frágil. Diminui a secreção e podem aparecer inflamações; dor durante o ato sexual resultante das alterações vaginais; aumento da frequência urinária, às vezes com ardência; diminuição do brilho da pele e uma distribuição de gordura mais masculina, ou seja, na barriga; aumento do colesterol ruim; diminuição da atenção e memória; insônia, irritabilidade e ansiedade porque a alteração hormonal afeta as reações do cérebro; e depressão.
A maneira correta de passar por esta transformação, é encarar a menopausa com naturalidade. Toda mulher deve consultar regularmente o ginecologista e com sua orientação buscar alternativas para amenizar todos os sintomas e administrar bem a nova e excelente fase que começa.
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