20 de junho | 2023
Meteoro grande e brilhante chama a atenção de moradores da região
O meteoro pôde ser visto por volta das 18h30 de segunda-feira, 20, de diversas cidades do interior paulista e do Estado de Minas Gerais.
DO DIÁRIO DA REGIÃO – Os moradores da região de Rio Preto tiveram uma surpresa ao olhar para o céu por volta das 18h30 de segunda-feira, 19. Isso porque um rastro de luz cortou a noite e chamou a atenção de quem estava na rua ou em local aberto. O fenômeno pôde ser visto de diversos lugares, inclusive em outros estados.
Segundo o astrônomo, diretor e cofundador da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros), Renato Cássio Poltronieri, o fenômeno é um meteoro do tipo “fireball”, que é incomum de ser registrado. Foi o primeiro neste formato no ano.
“A diferença de meteoro (comum) e fireball é que o meteoro atinge a atmosfera causando o brilho. Já o bólido explosivo, ou fireball, é bem maior e com mais tempo de visualização. O brilho também é maior que o de meteoros (comuns)”, afirma.
O fenômeno foi registrado em cidades como Nhandeara, Rio Preto, Marília, Campinas, Jundiaí, entre outras de São Paulo. E também em municípios do estado de Minas Gerais, como Extrema e Pato de Minas.
Ainda segundo Renato, uma câmera da Bramon também registrou a aparição em Goiânia. “Esse meteoro surgiu às 18h37 e durou cerca de 30 segundos”, afirma o astrônomo.
Renato também explica que esse fenômeno é imprevisível e impossível de saber quando vai aparecer. “É impossível saber se um meteoro vai aparecer, a Terra é bombardeada todos os dias por meteoros desde grandes até um grão de areia, que chamamos de estrela cadente, então não temos como saber e nem prever quando poderemos ver algum desses fenômenos”, acrescenta.
O que mais chama a atenção da população nesses casos são os brilhos, cores e o tempo em que o meteoro percorre na atmosfera. O diretor da Bramon também chama a atenção para o rastro que nós vemos do meteoro.
“Esse rastro, que nós vemos nas fotos e em vídeos, é o rastro de ionização, é o que causa o brilho, devido à velocidade que ele vem e o atrito dele contra a atmosfera. A velocidade desses meteoros chega em torno de 13 quilômetros por segundo”, ressalta Renato.
A velocidade equivale a 46 mil quilômetros por hora. Para registrar o momento raro, o astrônomo utilizou câmeras da Bramon em várias cidades do Brasil. “Temos câmeras espalhadas em diversos municípios do Brasil, são câmeras sensíveis que conseguem captar a luz das estrelas e com um software que dispara registrando os meteoros”, disse Renato.
Após o fenômeno, foi aventada a possibilidade de o rastro ter sido feito por um lixo espacial, o que o astrônomo descarta. “Meteoro é um corpo celeste, rochoso e até metálico, já o lixo espacial são restos de foguetes, motores, cápsulas, entre outros objetos feitos e enviados ao espaço pelo homem”, finaliza Renato.
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