26 de outubro | 2014

Falta de água na represa faz Guaraci perder 90% dos turistas

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A falta de água na represa de Furnas por conta da escassez das chuvas, já está causando grandes prejuízos financeiros na região. Em Gua­raci, por exemplo, houve sensível diminuição na procura por hospedagens e aluguel de barcos, dentre outras situações, fazendo com que o município perdesse aproximadamente 90% dos pescadores e turistas, principalmente, que frequentavam os dois balneários.

O fato é que a estiagem pro­­longada está acabando com o Rio Grande e prejudicando principalmente o turismo na região. Em Guaraci, donos de ranchos e Pousadas sentem no bolso os efeitos da seca. “Nós estamos recebendo hoje, aproximadamente 10% do pessoal que frequentava aqui há mais de um ano a­trás”, estima o empresário Lu­iz Burckarte.

A afirmação foi feita em uma reportagem elaborada e apresentada na terça-feira, dia 21, pelo jornalista Robson Ricci, no programa SP Record, da Rede Record de Televisão de São José do Rio Preto, com imagens dos cinegrafistas Gil Barboza e Pedro Pikika.

A falta de água chegou ao ponto dele não ter ideia do que poderá acontecer no futuro: “É uma incógnita. Nós não sabemos. Tudo vai depender do que vem lá de ci­ma (chuva), porque se não chover nós vamos continuar com essa situação por um tempo inde­ter­minado”.

O problema do reservatório de Furnas, que afeta diretamente as atividades turísticas de Guaraci, acaba sendo reflexo do que já vinha acontecendo anteriormente: “Nós esta­mos enfrentando esse problema exatamente há um ano porque esse ano passado não houve chuva suficiente para que essa água retornasse. On­de nós estamos aqui é uma região (da represa) que nós estaríamos com a água pelo joelho. No entanto, nos deparamos com esse quadro triste”.

No entanto, o empresário ainda tem encontrado saída para o atual momento: “Comercialmente falando nós ainda temos algumas saídas porque alguns pescadores ainda frequentam, mesmo diante desse quadro. Nós temos uma logística onde nós recebemos esse pessoal. Mas pessoalmente é uma coisa muito triste”.

DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Por outro lado, o biólogo Nilton Rojas diz que há vários fatores responsáveis pela situação que vê atualmente. “Den­­tre esses fatores um dos principais é a falta de vegetação marginal dos rios, a falta de proteção das nossas nascentes e a ocupação irregular ou pouco adequada de pessoas que estão às margens dos grandes rios”, explica.

De acordo com ele, para sanar o problema são necessários cuidados específicos e muita responsabilidade. “A preservação principalmente das lagoas marginais onde os peixes se reproduzem. As pequenas nascentes. Cada propriedade rural próxima ao pequeno riacho tem uma responsabilidade muito grande na preservação do volume de água dos grandes rios e reservatórios”, avisa.

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