Rapidinhas

–  A Taxa básica de juros (Selic) caiu: de 9% para 8,5% ao ano. É a redução mais radical desde que a Selic foi criada (1986) – ano da criação do Plano Real.

–  O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) considera a possibilidade de novos cortes.

–  A nova regra de remuneração da Poupança é baseada na taxa básica de juros. Quanto mais baixa a Selic, a nossa poupancinha passa a “render” menos (do que já rende!).

–  Os ganhos serão inferiores aos parcos 6,17 ao ano: 5.95% + TR ao ano.

–  Os novos depósitos, efetuados depois que a nova regra passou a vigir renderão 70% da taxa básica quando esta chegar a 8,5% ao ano ou menos.

Outras Notas

–  Aprovada a convocação dos senhores Marconi Perillo e Agnelo Queiroz para comparecerem à CPI do Cachoeira.

–  Seu Sérgio Cabral não falará na comissão – o pedido para que ele o fizesse foi rejeitado por 17 votos a 11.

–  O governador Marconi Perillo (PSDB-GO) foi convocada por unânimidade. Agnelo Queiroz (PT-DF) por 16 votos a favor e 12 contra.

–  Tanto Perillo quanto Queiroz negam as irregularidades de que são acusados.

–  O baixo-astral toma conta da política brasileira. Aliás, não só no Brasil, mas em várias partes do mundo, as sociedades (os menos favorecidos pela sorte (?!) e pela desigual distribuição de renda) estão pra lá de decadentes.

–  Desemprego em massa, greves, protestos, confrontos entre manifestantes e policiais, economias falidas, execução de opositores do regime vigente (na Síria)…

–  No Brasil, casos de acusações contra governadores e um senador da República, Demóstenes Torres, CPI do Cachoeira, empresa Delta, o mensalão, que volta à tona, e o embate verbal entre o sr. Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do país, e o ministro do STF, sr. Gilmar Mendes, tomam conta do cenário político brasileiro. Lamentavelmente!

–  O sr. Gilmar Mendes acusa o ex-presidente Lula de ter feito pressão para que ele (Gilmar Mendes) “ajudasse a adiar para depois das eleições o julgamento, no Supremo Tribunal Federal, do ‘malfadado’ mensalão”. Seu Gilmar Mendes disse que foi alvo de chantagem de Lula. E mais: que o sr. Lula espalhava boatos na tentativa de envolvê-lo com Carlos Cachoeira. Obs.: A frase entre aspas é da jornalista Claudia
Antunes (Folha de S. Paulo, 31/5/2012 – A2 – Opinião).

–  O sr. Gilmar Mendes afirma que deseja preservar a autoridade do STF, mas quem perde mesmo são os cidadãos brasileiros e a própria nação. Lamentavelmente, senhores e senhoras! Lamentavelmente!

–  O sr. Luiz Inácio e Nélson Jobim desmentem o relato do sr. Gilmar Mendes. O sr. Lewandowski, relator do mensalão, sai em defesa de Lula e diz nunca ter sido pressionado pelo ex-presidente. E o sr. Sepúlveda Pertence, ex-ministro, afirma que não foi procurado para “convencer” a ministra Carmem Lúcia a encampar a tese de adiamento do processo do mensalão. A verdade há de imergir desse mar de lama de acusações. E todos sabemos que todos são inocentes até prova em contrário, mas o embate verborrágico, certamente, prosseguirá.

–  Lula garantiu à presidenta Dilma Rousseff que não vai, por ora, alimentar a polêmica com Gilmar Mendes. Por ora…

–  O embate verbal entre Lula e Gilmar Mendes teve início quando veio a público o encontro entre os dois em abril. No escritório do ex-ministro de Lula e de Dilma (e ex-ministro do STF) Nelson Jobim.

–  E tem mais: Lula teria, segunda Gilmar Mendes, sugerido na ocasião (no fatídico encontro) que o julgamento do processo “mensaleiro” fosse adiado. Em troca de uma blindagem na CPI Cachoeira, segundo, ainda, o ministro do STF. Durma-se com um barulho desses…

Cumpadres

Bom-dia, senhoras e senhores. Meus pêsames às famílias Marreto e Vitorasso pelo passamento de suas filhas Neide Marreto e Camila Vitorasso, respectivamente. Seu Caju, força, fé e coragem! D. Lídia, em frente!

Cortina

Frase da Semana: “Vou falar de pé senão podem dizer que estou doente [como Gilmar Mendes já afirmou]. Você sabe que tem muita gente que gosta de mim, mas tem algumas que não gostam. Eu tenho que tomar cuidado  contra essas [pessoas]. São minoria”. São palavras do sr. Lula em Brasília – onde foi participar de uma evento da ONU.
D. Dilma Rousseff, na manhã do mesmo dia, elogiou publicamente o seu antecessor (uma espécie de desagravo ao campaneiro).

Ivo de Souza é professor universitário.