09 de julho | 2012

UPA registra primeira morte em seu primeiro fim de semana como fábrica do caos

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Menos de dez dias de sua inauguração, no final de semana prolongado, a Unidade Pronto Atendimento de Olímpia – UPA, já demonstrou que, embora em prédio novo, não está preparada e seu atendimento não difere muito do que era apresentado no PS – Pronto Socorro da Santa Casa de Olímpia.

Na segunda-feira, 9, do feriado prolongado deste final de semana, no início da noite, o cenário era de caos. Pessoas chorando por falta de atendimento, filas, horas de espera e, ao que tudo indica, o eterno problema: falta de médicos. E o que é pior, foi registrada a primeira morte em suas instalações.

A criança de um ano e um mês, Raul Vicente Gomes Pinho, residente na rua Waldemar Lopes Ferraz, 50, centro, Altair, chegou na UPA em companhia da mãe Simone Gomes Pereira Pinho, passando mal e acabou sendo a primeira morte registrada na Unidade de Pronto Atendimento de Olímpia, pelos menos que teve Boletim de Ocorrência registrado.

Segundo consta na polícia, o enfermeiro Emerson informou, via telefone, que a criança, de apenas um ano e um mês de idade, foi transladada por ambulância da cidade de Altair, SP, no início da noite de segunda-feira, em razão de problemas de crise convulsiva e deu entrada já cianótica, na UPA de Olímpia. O enfermeiro declarou para a polícia que foram tomados todos os procedimentos mas, infelizmente a criança morreu.

A mãe da criança, presente na Unidade, ainda segundo o enfermeiro declarou para a Polícia, teria explicado que a criança havia tido uma crise convulsiva, tendo ela levado o nenê imediatamente para o PS de Altair, mas este, infelizmente estava fechado, nada funcionava, então uma ambulância trouxe-a para Olímpia.

Segundo o escrivão de plantão na Polícia civil, o corpo da criança seria transladado pela funerária de Olímpia para exame necrológico no SVO – Serviço de Averiguação de Óbito que é realizado em Barretos.

LEI DA MORDAÇA?
Além de tudo isso, a administração de Eugênio Zuliani, dá mostras de que instalará no local a mesma lei da Mordaça, implantada pelo provedor da Santa Casa quando o Pronto Socorro funcionava no hospital. O jornalista Willian Zanolli, convocado para cobrir o fato, acabou sendo admoestado por funcionários quando tentava registrar os fatos.

Inicialmente, uma pessoa, embora alegando não ser funcionária no local, tentou intimidar o jornalista para que não tirasse foto do local. Quando uma usuária, chorando de dor, saiu do interior da Upa e foi sentar na calçadinha externa, alguém que se identificou como enfermeiro partiu para o embate com o profissional de imprensa e ao invés de atender a pessoa que estava passando mal, perdeu seu tempo tentando prejudicar o trabalho de Zanolli.

Após a discussão, todas as pessoas que estavam esperando e foram fotografadas pelo jornalista, foram encaminhadas para o atendimento rapidamente.

TRANQUILIDADE NA SANTA CASA
Por outro lado, no Pronto Socorro da Santa Casa local apenas uma mãe com um bebê no colo foi encontrado por volta de 20 horas da segunda-feira. No entanto, segundo informações, lá o fim de semana também foi agitado, mas no centro cirúrgico, quando teriam sido realizadas mais de 10 cirurgias.

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