27 de setembro | 2009

Universitários pagam cerca de R$ 50 a mais por mês para ir a R. Preto

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Os universitários de Olímpia, que estudam em faculdades da cidade de São José do Rio Preto, além de serem obrigados a correr um pouco mais para se prepararem para ir às aulas depois de saírem do trabalho, estão pagando cerca de R$ 50 a mais por mês para poderem estudar, por causa da interdição da rodovia Assis
Chateaubriand (SP-425), para a reforma da ponte sobre o rio Turvo.

De acordo com o que a reportagem desta Folha apurou com os transportadores, se antes os estudantes saiam de Olímpia por volta das 18h10, com o aumento do trajeto – todos estão passando pelas cidades de Tabapuã e Uchoa – agora têm que deixar a cidade de Olímpia por volta ds 17h30. “Estamos andando cerca de 60 quilômetros a mais por dia”, justifica.

O aumento dos gastos com a viagem, segundo explicou Felipe Ricardo Ducatti, estudante de direito e coordenador do ônibus da empresa Reis Tur, além do consumo de combustível ser maior, há também o problema do pedágio de Tabapuã. “Pagamos R$ 4 por vez, que dá R$ 8 por dia”, informou.

Buracos

Ducatti explica que até chegar ao pedágio a estrada é boa, mas a partir de lá já está com bastante buracos e “não tem acostamento, não tem muita sinalização, tem áreas estreitas em certos pontos da pista, geram risco tanto aos alunos, quanto aos motoristas de veículos pequenos”.

No início teve algumas reclamações. “Lógico que muita gente não gostou, mas é uma rota que nós temos que fazer. Infelizmente, não foi uma coisa que nós queríamos, mas com essa interdição da ponte tinha que ser feito”, disse.O motorista da empresa Malitur, Sérgio Luiz Marchioli, também está utilizando o mesmo trecho para levar universitários para Rio Preto. “O trânsito aumentou muito por causa da interdição da ponte, mas embora com um trecho ruim o trajeto no geral vai bem”, avaliou.

O mais complicado, além do custo ser maior, principalmente aos estudantes, é o fato do horário ter ficado um pouco mais espremido para chegar a tempo na faculdade. “Estamos saindo às 17h30, porque se não, não conseguimos chegar no horário. A dificuldade dos alunos é em relação ao serviço por ter que conversar com os patrões para liberar um pouco mais cedo”, relata.

Sobre reclamações Marchioli disse: “No meu caso os alunos entenderam que não é uma culpa nossa e, infelizmente, não tem como bancar esse trajeto novo porque aumenta o custo que tem que ser repassado aos alunos”.

A reportagem tentou também manter contatos com a empresa BomTur, cujo gerente alegou que não concederia a entrevista. Por outro lado, não foi possível conversar com os responsáveis pela empresa Karitur, que não foram encontrados.

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