02 de outubro | 2010

Temporal de 35 minutos causa inundações e muitos estragos em Olímpia

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Um temporal que durou aproximadamente 35 minutos no final da tarde da sexta-feira, dia 1.º de outubro, causou inundações, principalmente no trecho final da avenida Aurora Forti Neves, avenida Marginal, a partir da rua Benjamin Constant, e muitos estragos em Olímpia, chegando a derrubar a edícula de uma residência da rua Washington Luiz, região central da cidade.

Depois de uma tarde bastante quente e abafada, a tempestade se formou rapidamente pouco antes das 17 horas.

As nuvens que se formaram eram tão carregadas que deixou a cidade às escuras, fazendo que pessoas mais desatentas já se imaginassem no início da noite.

A chuva, acompanhada de fortes ventos, teve início por volta das 17h05 e perdurou até por volta das 17h40.

Os estragos foram muitos, mas chamou mais a atenção o que aconteceu com o salão da cabeleireira, Gislaine Beati Alonso, na rua Washington Luiz, número 869, no Jardim São Benedito.
As consequências somente não foram maiores porque ela deixou o salão, quando começou a chover, para retirar o carro que estava na varanda da casa, que já estava inundando. De repente ela ouviu um estrondo e percebeu a força da água havia derrubado seu salão.

“Minha mãe pediu que tirasse o carro porque a água estava entrando e já chegando perto da roda. Eu sai (do salão) e graças a Deus minha cliente veio atrás. Ouvimos um barulho e achei que fosse raio. A minha mãe gritou e foi o tempo de vir para olhar a água, já estavam passando todas as minhas coisas”, comentou Gislaine.

Mesmo com o grande susto e a surpresa que veio junto com a certeza dos prejuízos, ela começou a pensar somente em sua casa que fica no mesmo terreno. “Sinceramente, eu comecei a rezar e a pedir pela minha casa, para não cair porque graças a Deus a gente constrói (salão) de novo. Mas Graças a Deus a casa ficou em pé. Agora é trabalhar de novo”, relatou.

De seu salão Gislaine conseguiu recuperar apenas dois alicates e um vidro de xampu.
Na manhã seguinte os trabalhos de limpeza ainda eram realizados. Mas a sensação de alivio era o maior sentimento de Gislaine.

“Estou sentindo alegria de estar viva. Tristeza porque perdi tudo do meu local de trabalho que caiu e a água levou tudo. Esperança que alguém possa ajudar a mim e minha mãe”, afirmou.

De acordo com ela, o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho e o secretário Gilberto Tonelli Cunha, que estiveram no local ainda no início da noite da sexta-feira, prometeram ajudá-la a reconstruir. “Eu espero que eles realmente cumpram”, acrescentou.

Embora seja uma região da cidade que há vários anos sofre com inundações, na casa de Gislaine nunca houve problemas com inundações. “E desta vez também não inundou, simplesmente arrebentou o meu salão”, explicou.

Gislaine, atualmente com 24 anos, conta que trabalha desde 15 anos. “Eu consegui reformar tudo e trocar os móveis em dezembro do ano passado, estava tudo novo. Trabalhei oito anos para conseguir o que tinha e não sei quanto tempo vou ter que trabalhar agora para recomeçar. Recomeçar é agora, mas não sei”, lamentou.

PREFEITURA INUNDOU
Sobrou água até na Prefeitura, possivelmente por causa de uma calha que não resistiu ao excesso de água. Móveis, computadores, documentos e processos molharam e foram prejudicados.
A água atingiu quase todo o andar térreo. A água escorria pelas lâmpadas, ar condicionado,
paredes. Até escadas foram utilizadas para abrigar as caixas de processos.

O vento destelhou parte da entrada principal do Recinto do Folclore
E no centro da cidade, ao lado do Barão Lanches, um arco decorativo se rompeu. Os bombeiros lacraram o local. Segundo o Pátio, não há perigo de desmoronamento e estava marcado para ser consertado neste sábado cedo.

CORPO DE BOMBEIROS
    Segundo foi apurado, o Corpo de Bombeiros atendeu várias chamadas por causa das chuvas. Porém, segundo informações do próprio comando, não houve vítimas.

Uma das chamadas foi na rua Américo Brasiliense, número 982, centro da cidade, onde a inundação arrastou vários carros.

Na rua Antonio Cavariani, número 252, Jardim Santa Ifigênia, zona norte, houve inundação em uma residência.

Na rua João Miranda, número 41, Distrito de Ribeiro dos Santos, houve a queda de árvore em cima de uma residência e de um veículo. Na rua Marechal Deodoro da Fonseca, número 1140, região central, houve inundação da casa de máquinas de um dos elevadores do edifício.

LOCAIS VISTOS
Na esquina da Avenida Waldemar Lopes Ferraz, com a rua Dr. Antônio Olimpio, ocorreu a queda do muro de uma residência.

Na esquina da rua Floriano Peixoto com a Avenida Brasil, a enxurrada abriu valas no local onde está sendo colocado tubulações pela prefeitura.

NA ZONA RURAL
Na zona rural também houve problemas por causa do temporal. Segundo o empresário Antonio Martinez, de 65 anos de idade, que reside na alameda Barcelona, número 745, Jardim Caparroz, em Catanduva, o vento derrubou parte de um telhado sobre seu carro.

Ele estacionou o GM Montana, cor preta, com placas EKD 3628 de Catanduva, em uma garagem no sítio Alto Bela Vista e, o vento forte derrubou a cobertura eternit sobre o veículo, causando danos de grande monta.

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