30 de julho | 2011

Tannuri impede comerciante de participar de reconstituição

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Orientado pelo advogado Galib Jorge Tannuri, o comerciante Milton Antônio da Silva, de 49 anos, não participou da reconstituição do duplo homicídio do qual é acusado, realizado na manhã de ontem em Altair. O advogado afirmou que seu cliente é inocente e que se trata de um caso passional.

A reconstituição realizada em Altair foi comandada pela delegada Débora Nóbrega Abdala Queiroz, que preside o inquérito policial que apura o crime que foi praticado na tarde da última terça-feira.


O comerciante é acusado de ter assassinado com oito tiros de pistola 380 sua ex-mulher Elaine Cristina de Lima, de 36 anos e seu atual namorado (primo primeiro) Sandro Aparecido Pereira Saim, de 25 anos.


O advogado Galib Tannuri justificou sua posição de não concordar com a participação de seu cliente na reconstituição, argumentando que a Constituição Federal garante ao acusado o direito de não produzir provas contra ele mesmo. “Este caso me parece ser, eminentemente, passional. Mas isso vamos apurar somente com o transcorrer do processo”, disse o advogado.


Tannuri também afirmou que seu cliente é inocente. “Vamos lutar para provar que ele é inocente”, disse o advogado de defesa. No entanto, Tannuri não explicou os motivos que o levaram a fazer esta afirmação. Comenta-se nos meios policiais que Galib Tannuri estaria preparando sua defesa para defender as teses de legítima defesa e violenta emoção. Informalmente, o comerciante acusado do duplo homicídio teria declarado que apenas atirou porque o namorado de Elaine, o Sandro, teria tentado agredi-lo.


Por sua vez, o escrivão Diogo informou que as testemunhas ouvidas até agora não levam a esta conclusão. “Pelas testemunhas não foi isso o que aconteceu”, comentou. O escrivão afirmou que a reconstituição, passo a passo, foi feita pela polícia justamente para apurar quem está falando a verdade.


Quanto ao acusado não ter participado da reconstituição, o escrivão disse que é um direito que ele tem. Mas, o comerciante Milton da Silva,  que está preso na cadeia pública de Barretos, foi levado ao local do crime, onde acompanhou a reconstituição no interior de uma viatura da Polícia Militar.

Ontem foi ouvida como testemunha a filha menor do casal, que teria presenciado o crime, informou Diogo. A delegada Débora Queiroz não quis falar sobre o caso.

A reconstituição teve início por volta das 10h30 e terminou às 12 horas. As polícias Civil e Militar de Guaraci e Altair isolaram a área das proximidades do local do crime. Dezenas de populares se concentraram nas ruas próximas, mas tiveram que acompanhar o trabalho a distância. Com a conclusão dos laudos, o inquérito, agora, será enviado ao Ministério Público, onde será oferecida denúncia ou não.


DUPLO HOMICÍDIO
PRATICADO NA TERÇA

O duplo homicídio em Altair foi praticado na tarde de terça-feira, por volta das 17 horas, no interior da loja de utilidades de Elaine Cristina. Ela recebeu seis tiros e Sandro Saim dois. Os disparos teriam sido presenciados por duas filhas do casal (Milton e Elaine). O comerciante possui um hotel restaurante, na mesma rua onde Elaine, tinha seu estabelecimento comercial, distante um do outro, cerca de trinta metros.


Segundo o escrivão Diogo, depois de ser preso em flagrante o comerciante Milton Silva se reservou no direito de apenas prestar depoimento em juízo. No entanto, segundo o escrivão, foi apurado, preliminarmente, que o casal estaria discutido valores referentes às pensões alimentícias das filhas menores. O casal também tem uma filha de 19 anos.


Antes do crime, segundo Diogo, o comerciante e Elaine teria se falado por telefone. Em seguida, Milton teria ido até a loja e como o namorado Sandro estava no estabelecimento, o comerciante retornou ao seu restaurante hotel, pegou a arma, foi até a loja, efetuando os disparos. Os dois morreram no local. Milton fugiu com o seu carro Logus, acompanhado de sua atual companheira, Monaliza Oliveira. Ele foi preso em flagrante em São José do Rio Preto, próximo do bairro Cecap, pela Polícia Militar.

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