01 de abril | 2012
Problemas estruturais na ETA do CECAP podem prejudicar tratamento de água do rio Cachoeirinha
Ao contrário de informações anteriores divulgadas pelo próprio superintende geral da Daemo Ambiental, sucessora do DAEMO (Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia), Walter José Trindade, as estruturas da chamada nova ETA (Estação de Tratamento de Água) localizada ao lado do Jardim CECAP, na zona leste da cidade, estariam totalmente comprometidas e não teriam mais condições de serem utilizadas como reservatório de água, conforme pretende o prefeito Eugênio José Zuliani, podendo prejudicar o projeto que já foi aprovado e que prevê verba de R$ 13 milhões para captar e tratar água do rio Cachoeirinha.
Iniciada ainda no governo do ex-prefeito José Carlos Moreira, a obra, na qual foram investidos cerca de um milhão de dólares, foi abandonada e a pretensão agora seria de reaproveitar o que já está construído e concluir o restante para dar andamento ao projeto de captação de água superficial no rio Cachoeirinha, pela região leste do município de Olímpia, cuja verba já foi aprovada pelo governo.
De acordo com a informação que chegou à redação, um teste realizado recentemente apontou vários problemas, entre eles muitos vazamentos provocados nas paredes laterais da parte do reservatório construída há aproximadamente 18 anos.
A informação partiu de uma pessoa ligada à Daemo Ambiental, que pediu para não ser identificada, mas teria presenciado o teste e visto o problema ser detectado. Segundo essa pessoa, uma quantidade de água foi colocada e a estrutura não correspondeu mostrando vazamentos nas paredes.
Também segundo essa pessoa, um dos problemas mais sérios estaria relacionado à corrosão das ferragens, mesmo a parte que está envolta por concreto. Embora a informação não tenha sido confirmada oficialmente, esse problema, que teria sido detectado agora, colocaria por terra todos os planos que vinham sendo encaminhados pelo município. Isso porque aquela obra estaria totalmente comprometida.
CONVÊNIO COM GOVERNO FEDERAL
Como se sabe, um convênio no valor de R$ 13,3 milhões foi assinado pelo Governo Federal, quando da visita da presidente Dilma Rousseff à cidade de São José do Rio Preto. Esse recurso, que é oriundo do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), serviria para o aproveitamento dessa ETA.
Segundo o projeto desenvolvido pelo DAEMO e aprovado pelo PAC-2, a obra levará 18 meses para ser construída, obedecendo etapas e valores que irão sendo liberados pelo governo federal.
Primeiramente, será feita a captação e recalque no Rio Cachoeirinha, ao mesmo tempo em que será construída a nova adutora de água bruta, ambos pelo prazo de seis meses, ao custo de R$ 1.371.838,14.
Consta que a partir do quarto mês, a obra da nova ETA será reiniciada e, concluída, segundo a previsão, no prazo de 18 messes, ao custo de R$ 3.615.381,45. Já a partir do sexto ao 13° mês será construída a unidade de desaguamento de lodo que custará R$ 1.301.260,32.
Do 11.º mês até o final, serão construídos o reservatório enterrado de 2 mil metros cúbicos, a estação de recalque para o reservatório de 500 metros cúbicos e o reservatório elevado de 500 metros cúbicos, ao custo de R$ 1.966.304,24.
A partir do sétimo mês e até o final da obra, será construída a linha de seis quilômetros da adutora, que custará R$ 3.274.885,44.
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