07 de março | 2011
Prejuízos por causa das chuvas chegam a R$ 11,5 milhões
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De acordo com o secretário de Obras do município, Gilberto Tonelli Cunha, depois de um levantamento mais criterioso, a Prefeitura chegou à conclusão de que chega a R$ 11,5 milhões o prejuízo causado pela forte chuva registrada no final da tarde e início da noite do dia 25 de fevereiro, quando o pluviômetro da Casa de Agricultura registrou o total de 169 milímetros.A informação foi passada no final da tarde desta sexta-feira quando informava o relatório completo dos estragos provocados pela forte enchente.
No entanto, de antemão avisa que não é possível gastar todo esse dinheiro. “Aí não seria (valor) apenas para dar uma consertada, mas fazer tudo de novo o que não é possível. É um valor que a gente não consegue suprir facilmente”, explicou.
Segundo o secretário, as áreas mais afetadas no perímetro urbano foram os Jardins São Benedito, região central da cidade; Santa Ifigênia, Alfredo Zucca, conhecido por Cohab IV e Boa Esperança, todos na zona norte. Mas na área central da cidade também houve muitos estragos em calçadas.
Além disso, Tonelli conta que foram muitos danos registrados no entorno dos três córregos que cortam a cidade. Ou seja, Matadouro, Olhos D´água e dos Pretos sofreram grandes prejuízos com galerias pluviais.
O que mais sofreu, segundo ele, foi o Matadouro que teve praticamente todo o sistema de galerias prejudicado com a destruição de encostas e alas.
Aliás, esses prejuízos ocorreram em quase toda a cidade. “É um trabalho muito grande”, avaliou.
Mas no córrego dos Pretos também ocorreram sérios problemas.
Uma situação que ainda preocupa está na avenida Aurora Forti Neves, nas proximidades do Supermercado Iquegami, onde as águas danificaram bastante o barranco do córrego. “Estamos monitorando porque destruiu a encosta. É um setor onde ainda não foi realizada obra de urbanização. Carregou o talude e cedeu. Desceu tudo. O estrago foi grande”, revelou.
ZONA RURAL
Na zona rural houve estragos nos quatro cantos do município. Campo Alegre, Três Barras, Córrego do Capim (região leste do município), Estrada Água Parada (região oeste), divisa de Severínia (região sul), Distrito de Baguaçu e na continuação da avenida Alberto Oberg, conhecida por Estrada do Baixão, também na região leste. No total foram oito pontes danificadas.
Somente na Estrada Água Parada foram três pontes danificadas, Olhos D’água uma ponte carregada. Erosões na Estrada da Prainha. “É um grande serviço que demanda muito tempo. Se fizer um levantamento dá aproximadamente 25 quilômetros de estradas municipais avariados”, informou.
ASFALTO
A rigor, segundo Tonelli, o que menos sofreu prejuízos foi a pavimentação asfáltica. “No recapeamento novo não perdemos muita coisa. Só dois pequenos pontos em dois quarteirões da rua Benjamin Constant, mas temos que refazer os dois inteiros”, declarou.
Houve problemas em ruas do Jardim Santa Ifigênia. “Mas não é asfalto novo. É antigo. De asfalto estamos avaliando em 10 mil metros quadrados, o equivalente a 11 quarteirões que teremos que fazer de novo”, afirmou.
Por ouro lado, a escola do Jardim Alfredo Zucca ainda permanecerá fechada pelo menos até o dia 10 de março. Porém, será liberada apenas a parte mais antiga do prédio porque a parte nova teve uma sala com rachadura na parede por causa da queda do muro. “Até lá cerca de 400 alunos ficarão sem aulas”, avisa.
MORADIAS
Já em relação a casas avariadas pelas chuvas, Tonelli informou que foram 12 residências no Jardim São Benedito, afetadas parcialmente. Nesses casos foram 14 pessoas desalojadas, sendo oito com idades entre zero e 14 anos e seis com idades entre 15 e 64 anos.
“Estão aparecendo outras em outros bairros como no Jardim Glória (zona noroeste da cidade). Não foi possível o sistema fazer a drenagem. Choveu muito forte. O volume (165 milímetros) é um absurdo. Para isso não tem cidade que esteja preparada”, finalizou.
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