23 de setembro | 2007

Prédio da Coopercrédito será leiloado na 2.ª quinzena de novembro deste ano

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 O prédio da Cooperativa de Crédito Popular de Olímpia (Coopercrédito) deve ser leiloado na segunda quinzena do próximo mês de novembro. A informação foi confirmada na tarde desta sexta-feira (21) pelo liquidante da instituição financeira Valdor Fáccio. Entretanto, preferiu não informar o resultado da avaliação concluída na semana passada.

Embora viesse trabalhando com a idéia de que não haveria nenhum informação recente para divulgar à imprensa, Fáccio confirmou que a avaliação ficou pronta realmente na semana passada e já foi encaminhada para o Banco Central (BC) para ser analisada e dar continuidade ao caminho burocrático necessário.

Embora não tenha informado o valor apurado na recente avaliação e nem mesmo confirmado o valor que vinha sendo divulgado desde a decisão do liquidante de levar toda a documentação para São José do Rio Preto, o liquidante comentou: "Parece que tinham sido feitas avaliações anteriormente pelos corretores da cidade e estando correto deve ser autorizado a fazer o leilão".

Antes de confirmar a época em que deve ser realizado o leilão, Fáccio comentou que mesmo sendo uma instituição financeira pequena, a Coopercrédito entra na sequência normal prioritária do Banco Central. "Depende do pessoal querer fazer a aquisição do prédio", acrescentou.

Ele estima que em novembro já tenha contratado o leiloeiro e publicado os editais para poder concretizar a negociação. O prazo mínimo dos editais é de publicação pelo menos 30 dias antes do evento.

O prédio, segundo uma avaliação extra-oficial, valeria entre R$ 280 mil e R$ 300 mil, valor que é insuficiente para rateio entre todos os credores, que serão pagos à medida que os devedores quitarem os seus débitos.

A liquidação extrajudicial da Cooperativa de Crédito de Olímpia foi decretada pelo Banco Central no dia oito de abril de 2004, sob a alegação de insuficiência de recursos para cobrir créditos de liquidação.

O dinheiro deverá ser usado para manter o caixa para continuar a acionar devedores a pagar um crédito de R$ 5,5 milhões e assim conseguir saldar a dívida de R$ 4 milhões que a entidade possui.

A crise da cooperativa, que foi instituída no ano de 1959, é considerada fruto de má gestão administrativa e da realização de operações de crédito arriscadas que acabaram por concentrar nas mãos de 27 pessoas uma parte elevada dos depósitos de mais de 3,6 mil cooperados.

A inadimplência dos beneficiados com os empréstimos teria causado a insolvência da instituição. Em maio de 2005 foi feito pedido de falência da Cooperativa de Crédito à 2ª Vara de Olímpia, que foi negado em primeira instância. O liquidante recorreu da decisão ao Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo e aguarda a decretação da falência.

 

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