04 de julho | 2021

Padrasto é condenado a quase 37 anos de prisão por matar enteada em Cajobi

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Carlos Augusto Moreli aguardou o julgamento preso na penitenciária
de “Tremembé”. O caso aconteceu em maio de 2016. A mãe foi
acusada de maus tratos e o padrasto de homicídio.

Em julgamento realizado no Fórum de Olímpia, o padrasto Carlos Augusto Moreli foi condenado a 36 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pela acusação de ter provocado a morte, em maio deste ano, de sua enteada Júlia, de um ano e nove meses.

O júri foi presidido pelo juiz de direto Eduardo Luiz de Abreu Costa. Como representante do Ministério Público autuou a promotora Silvia Luiza Damas Prestes Ribeiro.

O júri foi realizado na quinta-feira, 01, no plenário do Fórum de Olímpia, sem a presença de público devido a pandemia da Covid-19.

O réu, que aguardou o julgamento preso na penitenciária Dr. José Augusto Salgado “Tremebé II”, foi trazido e acompanhou a sessão presente no Fórum local.

Com a condenação, depois do júri Moreli retornou ao presídio de origem onde permanece encarcerado.

No julgamento apenas sentou no banco dos réus o padrasto, pois o processo foi desmembrado e a mãe da garota, Pamela Alves Andrade, respondeu apenas por maus tratos.

O réu foi defendido pelos advogados Thiago Luiz Rodrigues Tezani e Rafaela Zapata Boni, de Bauru.

O CRIME

A mãe e o padrasto da criança que morreu no Hospital da Criança em São José do Rio Preto (SP) foram presos em Cajobi (SP) em maio de 2016. A menina tinha 1 ano e 9 meses e sofreu vários ferimentos pelo corpo. A polícia indiciou a mãe por maus-tratos e o padrasto por homicídio.

O padrasto foi preso dia 11 de maio de 2016 depois de prestar depoimento. A mãe prestou depoimento e também foi presa.

A menina deu entrada no hospital da Criança em Rio Preto com lesões pelo corpo, morte cerebral, trauma na coluna, uma costela quebrada e sinais de maus-tratos.

Segundo a advogada do pai, Daiane Luizetti, que registrou o boletim de ocorrência sobre o caso no dia 5 de abril de 2016, a criança foi levada ao pronto-socorro de Cajobi por volta das 20h do dia anterior e transferida para um hospital em Olímpia (SP) para em seguida ser levada ao HCM, devido à gravidade do seu estado de saúde.

Após confirmação da morte da criança os rins foram doados para um hospital do Rio Grande do Sul.

SEPARAÇÃO

Os pais da criança se separaram em agosto de 2015 e a menina vivia com a mãe, que disse ao pai, conforme consta no boletim de ocorrência, que os ferimentos da filha ocorreram devido à quedas frequentes da menina.

Ainda conforme o boletim de ocorrência, a mãe da criança trabalhava em Guapiaçu (SP) das 13h até 1h. As crianças, o bebê e outro filho de 5 anos, também filho do casal, ficavam na escola das 13h às 17h e depois ficavam sob os cuidados do padrasto até a mãe voltar.

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