O município de Olímpia pode ter perdido nada mais nada menos do que 36 unidades industriais desde que o prefeito Eugênio José Zuliani assumiu a administração da cidade em janeiro de 2009. Pelo menos é isto que se pode entender das informações que constam do Anuário Estatístico de Energéticos por Município no Estado de São Paulo, divulgado recentemente pela Secretaria de Energia, mas relativo ao ano de 2011.

De acordo com o anuário publicado no site da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo, Olímpia fechou o ano com 150 consumidores industriais de energia elétrica.

Porém, no anuário relativo ao ano de 2008, último do mandato do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro, consta que na ocasião eram 186 unidades do gênero, ou seja, perdeu-se quase 19,5%.

Na verdade a perda de indústrias vem desde o ano de 2008, quando havia 186 empresas contra 188 do ano anterior. Depois, em 2009 o total caiu para 179; em 2010 para 175. A maior perda foi registrada em 2011 quando foram perdidas 25 unidades em relação ao ano anterior, permanecendo 150 consumidores do gênero.

Entretanto, houve perdas também em relação a consumidores classificados como comerciais, neste caso incluindo prestadores de serviços. Enquanto em 2008 eram 1.434 unidades, o anuário mostra que em 2011 o número baixou para 1.354, uma queda de quase 5,6%. A partir de 2007, quando eram 1.421 consumidores comerciais, a sequência mostra: 2008 (1.434), 2009 (1.442), 2010 (1.402) e 2011 (1.354).

OBJETIVO DO ANUÁRIO

"Com esta publicação, o Governo de São Paulo fornece subsídios não apenas para atividades de planejamento energético estadual e municipal, mas para todos os setores da economia", explica o secretário de Energia, José Anibal Peres Pontes, na apresentação do anuário.

Trata-se de um documento que é colocado à disposição de todos, no site da secretária, desde 2008, mas com dados relativos ao ano anterior, quando Dilma Seli Pena ocupava a então Secretaria de Saneamento e Energia. "O Anuário ajuda no desenvolvimento social e na compreensão desse processo. Afinal, os números refletem a realidade socioeconômica do Estado", afirmou ela à época.

JUSTIFICANDO O PIB

Por outro lado, o resultado desse levantamento, ou seja, a perda de indústrias pelo município vai de encontro a uma informação veiculada nesta semana pela TV Record de São José do Rio Preto, em relação à economia da cidade.

Segundo o trabalho elaborado pelo repórter Murílio Goeldner, atualmente o setor de prestação de serviços, englobando todas as atividades em torno do Parque Aquático Thermas dos Laranjais, é o mais relevante da economia local e respondendo por cerca de 65% do PIM, que é a soma de toldas as riquezas da cidade.