29 de abril | 2010

Municipais aceitam valores propostos pela prefeitura

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Os funcionários públicos municipais de Olímpia, que
compareceram à assembléia realizada na noite da quarta-feira, dia 28, pelo
sindicato da categoria, na câmara municipal, aceitaram a proposta de 4% de
reposição salarial, a partir de janeiro de 2010, mais o abono assiduidade de R$
40, propostos pela prefeitura.


Mas se a
reposição será retroativa a 1.ª de janeiro, no caso do abono, como será instituído
provavelmente a partir de 1.º de maio de 2010, o pagamento do valor não será
retroativo à mesma data.

A
assembléia contou com as presenças dos secretários municipais, de Finanças,
Cleber José Cizoto, e de administração, Alaor Tosto do Amaral. Eles foram
explicar os motivos da transformação do abono que era esperado como abono de
alimentação, para abono de assiduidade, que, para receber, ninguém pode ao
menos ficar doente.

No caso
dos funcionários que se encontram afastados, por exemplo, se não retornarem, a
partir da criação desse abono, eles ainda não terão direito. Se perder um dia
ou tiver falta abonada deixam de ter direito a esse benefício. Também os
aposentados, mesmo antes de 2003, que recebem pela folha da prefeitura, também
não terão direito ao abono. O abono não está direcionado também a funcionários
nomeados em cargos de comissão.

PARCELAR ATRASADOS
Por
outro lado, embora até tenha surgido uma discussão sobre a divisão dos
atrasados em duas parcelas, Buzzo acredita que serão pagos de uma só vez. “Se
for analisar pelo montante da folha, o percentual de 4% não vai representar
nada e seria apenas esses quatro meses. Se houver algum problema, algum
impedimento nesse período, espero que eles comuniquem a gente para que fiquemos
sabendo do que está acontecendo. Mas espero que não, que seja tudo a partir do
pagamento do mês de maio”.

Buzzo
diz que não concorda com o abono, na forma como foi oferecido para a categoria,
mas ao mesmo tempo, acha que é difícil para explicar o que aconteceu. “Quero
que seja criado realmente um vale de alimentação, como todos os municípios têm.
Essa é a  minha batalha, já falei com o
secretário Cleber Cizotto, hoje pela manhã e vamos voltar à luta em cima do
vale alimentação, porque ele, é claro que você tem que coibir certos abusos por
parte dos servidores e também por parte do município”.

Mas
entende que o vale alimentação fica muito mais fácil para a pessoa receber do
que o abono assiduidade, porque em 30 dias pode acontecer um imprevisto e a
pessoa realmente tiver que faltar vai perder esse benefício.

No
entanto, as duas propostas foram aprovadas, embora com um pouco de
dificuldades, segundo o presidente. “Tivemos dificuldades, uma da pessoa (para)
entender e outra depois na hora da aprovação porque, estamos com 100 pessoas
que representam 8% dos servidores”. Essa situação dificultaria porque é muito
pouco em relação ao total de trabalhadores.

Se não
fossem aceitas, o caminho seria o dissídio e, em seguida uma paralisação.
“Quando foi aventada essa hipótese, desses 100 servidores, ao menos 80
realmente acham que não há a menor possibilidade. Analisando de maneira fria
hoje não temos estrutura para uma paralisação, porque seria um universo muito
pequeno de participantes. Por isso que no final das contas as duas propostas
foram aceitas”.

Funcionários do legislativo
No caso
de quem trabalha na câmara municipal, porém, a situação deverá ser diferente,
uma vez que a mesa diretoria está propondo um reajuste de 7% de reposição mais
vale de R$ 80, valores que nem chegaram a votação na assembléia, porque havia
poucos funcionários do setor.

“Mas
espero que vá para a pauta de 2.ª feira da câmara e que realmente seja
aprovado, porque um presidente de sindicato não pode ser contra uma reposição
salarial ou um aumento. Esse era realmente o intuito da gente conseguir para
toda a categoria”, comentou o presidente.

A união
faz a força no mundo sindical, segundo explica o presidente Jesus Buzzo, e não
foi diferente na discussão das reivindicações da categoria . “Para uma
reivindicação grande nós temos que ter uma mobilização grande. Todo mundo sabe
disso. Se conseguirmos uma mobilização com 500, 600 servidores, a reivindicação
nossa será vista com outros olhos por qualquer administrador”, justificou.

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