03 de abril | 2010

Minerva fica em Olímpia até funcionar Araraquara

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O Centro de Distribuição (CD), do Frigorífico Minerva ficará nas instalações da antiga Cutrale, no trevo da rodovia Assis Chateaubriand, SP-425, até que a nova unidade de Araraquara, cuja inauguração será no dia 16 de abril, funcione normalmente.

Isso, pelo menos, é o que se pode depreender das informações divulgadas pelo gerente, Sebastião Ananias Patrício, para a imprensa local durante esta semana.

Embora confirmando que são pequenas as chances de permanência, Ananias Patrício informou que a empresa ainda negociava com a Friovale, um possível acordo para um novo contrato de aluguel do imóvel. Ele conta que até explicou, inclusive a seus funcionários, que não tem nada certo para ir embora e que se for para sair é lá para o final de ano.

De acordo com Ananias, a empresa está ocupando mão-de-obra de 280 funcionários internos e esternos, além de aproximadamente 40 proprietários de caminhões contratados para o transporte das mercadorias. Destes, apenas os ligados à área administrativa podem ser reaproveitados em Araraquara.

"Só que não tem data para saída. É uma coisa demorada ainda. Não é assim sair hoje ou amanhã", afirmou o gerente.

A movimentação de vendas, embora apenas para o mercado interno é boa, obrigando até a contratação de funcionários.

"Estou com minha operação normal como se fosse o primeiro dia de serviço, não mudou nada", acrescentou. Mas em seguida enfatizou: "que vai embora é fato".

As dificuldades de permanência começaram quando surgiu o impasse por causa do valor do aluguel, quando a empresa foi em busca de um local adequado na cidade de Araraquara, que, segundo o gerente, na ocasião ainda eram estudos e não uma situação definitiva. Foi quando o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, interferiu na tentativa de manter a empresa funcionando.

No entanto, segundo Ananias, a iniciativa ficou nos primeiros encontros entre dirigentes do Minerva e a prefeitura e, após nota divulgada pela Friovale, contestando informações do próprio prefeito, segundo Ananias, teria acontecido um esfriamento das negociações.

VALOR DO ALUGUEL

O gerente confirma que a questão toda estava em torno do valor do aluguel do imóvel, considerado alto pelo Minerva e as próprias condições do imóvel, inviáveis para os negócios de exportação.

"Vamos sair porque o aluguel está alto, não está havendo negociação, o prédio é precário, precisa fazer muita reforma, o piso é inadequado, temos que asfaltar a frente porque a gente não pode mexer com exportação, então fica difícil a gente trabalhar", afirma.

Mas como o próprio gerente reconheceu, seria difícil concretizar o que estava sendo proposto à época, até porque a desapropriação do imóvel e a própria complementação do aluguel, promessas feitas pelo prefeito, seriam difíceis porque dependeriam da câmara. Por isso, a própria empresa começou a pensar em um novo local, surgindo a idéia de Araraquara. Mesmo assim, a partir da nota de esclarecimento da Friovale, publicada inclusive nesta Folha, segundo Ananias, houve uma mudança de atitude do prefeito em relação à questão.

"Sinceramente ele encolheu, a gente não conseguiu mais contato com ele e a coisa foi passando. A direção da empresa (Friovale) me procurou e propôs um acordo, mas a direção do Minerva não aceitou porque ainda estava fora e já estava em andamento em Araraquara, inclusive estou assessorando o CD de lá, estou acompanhando tudo", relatou.

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