O médico olimpiense Nil­ton Roberto Martinez (fo­to), ouvido esta semana em enquete realizada pela rádio Espaço Livre, embora acredite que as expectativas de um modo geral não sejam boas, pois o país enfrenta uma grave crise social, econômica e política, a­credita que o turismo fará com que Olímpia consiga enfrentar e superar a crise. “Na verdade, o turismo é uma fábrica sem fumaças, ou seja, é uma fábrica não poluidora e provavelmente não haverá uma diminuição significativa no setor”.

Já a respeito do seu setor, a Saúde, ele afirmou que a situação é preocupante não só em Olímpia mas como no Brasil inteiro. Para ele, “os hospitais públicos, filantrópicos e as universidades estão falidos. Não se tem dinheiro para tocar, então as Santas Casas todas estão em estado falimentar e se não houver uma atitude política drástica para im­ple­­men­tar melhorias nos valores pagos, con­tra­tação de novos médicos, exigência de uma formação boa de profissionais da saúde a situação ficará insustentável”.

E continuou: “Eu vejo a Santa Casa de Olímpia com enorme dificuldade como já está enfrentando e ela graças a sua diretoria, com a colaboração dos médicos, tem enfrentando essa crise, mas não sei até quando. Acho que se não tomarmos cuidado, se a sociedade não tomar cuidado, se os governos municipal, estadual e federal não tomarem cuidado, grande parte das Santas Casas vão sucumbir e quando elas se sucumbirem a população mais carente é a que mais sofrerá. Então, vejo com maus olhos a saúde da cidade de Olím­pia e do Brasil inteiro. E vejo também com maus olhos a situação do nosso pais infelizmente”.

O médico acredita que do ponto de vista será preciso haver uma conversação entre os partidos, entre os políticos e dar um basta nessa política econômica suicida. “O que está acontecendo já foi experimentado na Argentina e na Venezuela e levou ao caos. E nós estamos indo ao buraco sem a menor perspectiva para continuar desta maneira. Acho que tem que haver mais honestidade dos políticos”, declarou.

“Agora, em relação aos políticos de Olímpia – complementou – acho que graças a Deus ela entrou no caminho do turismo e isso dificulta a chegada de uma crise financeira. De maneira que acho que em Olímpia os empregos deverão ser mantidos, mas acredito que em um patamar menor. Em contrapartida as indústrias deverão ter problemas mais sérios”, concluiu.